Pela Viseira do Pietro Fittipaldi: diferenças na pilotagem entre F1, Indy, DTM, F-E, WEC e Super Fórmula

Com experiência em diferentes categorias, Pietro analisou alguns carros que já pilotou durante sua carreira

Olá, pessoal do F1 Mania. Estou na Áustria para acompanhar a segunda etapa da F1 com a Haas, participando das reuniões da equipe e também trocando informações com os pilotos titulares (Magnussen e Grosejan). Além disso, estou na torcida pelo meu irmão (Enzo Fittipaldi) na F3. É o ano de estreia dele nessa categoria preliminar da F1 e tenho certeza que ele vai se sair muito bem no campeonato.

Vou aproveitar esse espaço para contar para vocês um pouco de como é a sensação de pilotar alguns dos principais carros do automobilismo. Como vocês devem imaginar, não há nada igual acelerar um F1, mas existem outras máquinas extremamente desafiadoras nas outras categorias também.

Com certeza o F1 é o mais rápido que já pilotei. É um carro que freia de uma maneira muito melhor do que qualquer outro carro que guiei. A velocidade que você tem na curva, a carga aerodinâmica é muito mais alta, aceleração e potência também são incríveis.

Eu já percorri mais de 2.000 km em testes da categoria em três pistas diferentes: Bahrein, Abu Dhabi e Barcelona. Foi realmente especial acelerar com a Haas e passar o feedback do carro para os engenheiros, vendo ali de dentro a evolução que você tem na pista.

Em termos de aderência, de carga aerodinâmica e do quanto é bom o freio, o carro da Porsche LMP1 é impressionante. Acelerei ele no Mundial de Endurance (WEC) e realmente era similar ao carro da Fórmula 1 em tempo de volta, mas era um carro mais pesado. A única coisa que eu acho que é melhor do carro LMP1 do que a F1 é a aceleração. Você chega numa velocidade alta muito rapidamente.

Na Indy, quando pilotei em 2018, pude ter uma sensação incrível de adrenalina ao acelerar em um oval com aquele carro da Dale Coyne, que atinge cerca de 360 km/h. A sensação de você estar a dois ou três centímetros do muro diferente de tudo. Também é o carro mais físico que já pilotei, já que o volante não tinha assistência hidráulica, era um volante muito pesado e eu terminava a corrida exausto.

O carro da Fórmula E, ao contrário do que muitos imaginam, é muito difícil de pilotar. O pneu era parecido com o de carro de rua quando testei, não era um pneu de corrida, então o carro está sempre escorregando. Você também tem uma bateria de 250 a 300 quilos, então toda vez que você freava a traseira queria sair e é muito fácil de cometer um erro com as pistas estreitas da categoria. Passar raspando no muro nessa categoria também é um desafio.

Por fim, outras duas categorias que eu acelerei e tem carros incríveis é a DTM e a Super Fórmula. A categoria japonesa se compara ao carro de F1 nas curvas, com muita carga aerodinâmica, apesar de não ser tão rápido quanto o F1 na reta e faltar um pouco de potência no motor.

O “Pela Viseira” é uma série do F1Mania.net em que um time de seis pilotos (Enzo Fittipaldi, Pietro Fittipaldi, Felipe Drugovich, Cacá Bueno, Bruna Tomaselli e Felipe Giaffone) conta de terça, quarta e quinta-feira a sua visão das pistas, vida e carreira.

 

Clique e receba as notícias da F1Mania.net pelo WhatsApp.

Siga-nos nas redes sociais:
Twitter
Facebook
Instagram

Inscreva-se em nosso canal no YouTube.

Confira o destaque do nosso canal no YouTube: F1Mania.net Em Dia 08/07/2020 – Alonso retorna à Renault; Red Bull encontra problema do RB16

 

Ouça nossos podcasts diários na sua plataforma favorita:
Spotify
Google Play Music
Deezer
iTunes