Os pilotos da Fórmula 1 disseram que apoiariam movimentos para abandonar uma parte controversa dos regulamentos de qualificação da categoria, que segundo eles, aumentam a vantagem dos carros mais rápidos.
Ross Brawn, diretor de automobilismo da F1, disse no mês passado que a regra que exigia que os pilotos que chegassem ao Q3 iniciassem a corrida com pneus da sessão anterior, pode ser abandonada.
A regra existe desde 2014, mas tem sido criticada por alguns pilotos e equipes. Brawn afirmou: “Realmente é uma a regra infeliz, que dá aos que são realmente rápidos ainda mais vantagem, porque eles podem escolher facilmente o pneu que quiserem para o Q2, enquanto outras equipes que estão desesperadas para chegar à qualificação final, precisam usar um pneu macio.”
Retirar essa regra dos regulamentos para as temporadas futuras é algo que está sendo considerado, segundo Brawn.
George Russell e Pierre Gasly, disseram que dar às equipes de topo a oportunidade de começar a corrida com pneus mais duros do que seus rivais mais próximos, lhes dá uma vantagem estratégica.
Russell, que alcançou o Q3 quatro vezes até agora em 2021, disse que seria sensato se livrar dessa regra. “Os ricos ficam mais ricos e os pobres ficam mais pobres, quando os carros mais rápidos têm ritmo para conseguir chegar ao Q3 com compostos mais duros”, disse ele.
“Acho que os carros no pelotão intermediário simplesmente não têm a oportunidade de lutar”, continuou Russell, que vai correr pela Mercedes na próxima temporada. “O jogo já acabou. Então, acho que isso provavelmente tornaria as coisas mais fáceis para todos”, disse ele.
Gasly afirmou que concorda plenamente, apontando que já foi prejudicado pela regra em corridas anteriores. “Na verdade, já estivemos nessa situação algumas vezes em que realmente não temos o ritmo para fazer isso, ou é muito apertado e você precisa ir com o composto mais macio.”
“Se você conseguir, sabe que vai comprometer sua corrida e isso só aumenta a diferença entre as equipes de ponta e do pelotão intermediário, quando você está quase chegando ao Q3”, acrescentou.
Spotify
Google Play Music
Deezer
iTunes
Amazon