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25 de novembro de 2024 13:51

Piquet Jr analisa ida de Bortoleto para F1: “Tem de estar rodeado das pessoas certas”

No início do mês, o Brasil celebrou o anúncio de Gabriel Bortoleto no grid da Fórmula 1 em 2025. Além da notícia representar a chegada de um piloto brasileiro titular na categoria após 7 anos, a contratação também deverá ampliar o engajamento da competição em solo nacional.

Antes de ser anunciado, Bortoleto foi especulado para o segundo assento da Sauber desde julho, o que ganhou ainda mais força nos dias que sucederam o GP de São Paulo deste ano. Contratado pela equipe suíça, o jovem piloto assume a vaga de Valtteri Bottas e formará dupla com Nico Hulkenberg, que deixará a Haas no final do ano.

Atento a essa movimentação, Nelson Piquet Jr, que é um dos grandes pilotos brasileiros de sua geração, sabe muito bem da relevância de ter um representante verde amarelo no grid da F1. Filho de um tricampeão mundial e tendo experiência nas principais categorias do automobilismo, o atual piloto da Stock Car conhece as armadilhas e os caminhos para consolidar uma trajetória de sucesso.

Em entrevista para o F1MANIA.NET, Nelsinho Piquet evidenciou a importância do retorno de um brasileiro ao grid da principal categoria do esporte a motor e destacou que a entrada de Bortoleto em uma equipe menos competitiva deverá ser um fator positivo para o rookie.

“É sempre importante ter um piloto brasileiro na Fórmula 1. É uma categoria que cresceu muito comercialmente e ter um brasileiro no grid ajuda bastante na visibilidade do automobilismo nacional. É claro que o nosso sonho é que o piloto fosse contratado por uma equipe de ponta, mas como todo começo é mais difícil, ele tem que seguir apresentando performances de alto nível para automaticamente alcançar uma equipe mais forte”, comentou com exclusividade para o F1MANIA.NET, Nelson Piquet Jr.

Bortoleto terá pela frente um universo complexo e que deverá proporcionar diversos desafios, principalmente quando se trata de um jovem competidor. Piquet Jr evidenciou cuidados que um novato deve ter ao se deparar com essa nova realidade além do ângulo esportivo.

“Estar rodeado das pessoas certas, pessoas que realmente se importam com os interesses dele, e ter uma cabeça boa são cuidados importantes. Já no âmbito esportivo, é bom estar em uma equipe menos competitiva por ter menos pressão por grandes resultados. O piloto que estará com ele é um bom competidor, mas que está no final de sua carreira. Tudo indo bem, ele aprendendo, sem muita pressão, ele vai naturalmente passar a virar melhor e vai se tornar o primeiro piloto. Tem muita gente criticando que ele vai entrar em uma das piores equipes, mas eu não vejo isso como algo negativo”, detalhou Nelsinho.

Antes de ingressar na Fórmula 1, Nelsinho Piquet apresentou grande desempenho na Fórmula 2, assim como vem fazendo Gabriel Bortoleto, que é o líder da categoria na temporada 2024.

O primeiro campeão da Fórmula E destacou as diferenças desse período de transição em sua época e evidenciou a importância do simulador, que vem auxiliando as novas gerações de pilotos nesse processo.

“A grande diferença é que na minha época não tinha treino e nem simulador. Isso é um grande auxílio para os pilotos novatos. Com isso, você pode treinar um pouco mais, é de fato algo positivo. Além disso, esses simuladores são muito avançados hoje em dia, então ele vai poder fazer quanta quilometragem ele quiser, sentir o carro, isso é muito importante”, disse Nelsinho.

Além de trazer sua visão sobre o anúncio de Bortoleto na Sauber, o ex-F1 também deu sua opinião sobre o novo regulamento para as unidades de potência, que entrará em vigor na Fórmula 1 a partir da temporada 2026.

“É uma questão de ajuste, é muito fácil criticar agora. Sempre quando tem uma grande mudança de regulamento, as críticas aparecem e depois são realizados acertos. O próprio tamanho dos carros é um fator que o pessoal já acostumou. No fim das contas, acredito que faz parte do esporte. Sendo um regulamento igual pra todo mundo e todos tendo que se adaptar, não me oponho. Eu acho que a competitividade deve ser a maior preocupação entre as equipes, igual foi esse ano. Mesmo se o carro estiver 3 segundos mais lento, acredito que o mais importante é oferecer boas disputas”, finalizou Nelson Piquet Jr.

 

 

 



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