Foto: XPB Images
Alain Prost acredita que seu rival na F1, Ayrton Senna, estava sem motivação logo após a aposentadoria da categoria.
Prost se aposentou da Fórmula 1 no final da temporada de 1993, deixando o esporte como campeão mundial enquanto navegava para o título com a Williams.
Enquanto Prost lucrava com o domínio da Williams, seu rival mais próximo era Ayrton Senna – apesar do brasileiro pilotar uma McLaren-Ford um tanto fraca, que ainda conseguiu terminar em primeiro em cinco ocasiões.
Ambos subiram ao pódio juntos pela última vez no Grande Prêmio da Austrália de 1993, quando Prost deixou o esporte para a paz da aposentadoria, enquanto Senna assumiria o cockpit de Prost na Williams em 1994. Infelizmente, a mudança foi recebida com tragédia, pois Senna morreu poucos meses depois, ao bater enquanto liderava o Grande Prêmio de San Marino de 1994.
O relacionamento de Senna e Prost é amplamente considerado como a síntese de quão amarga e rancorosa pode ser uma rivalidade na F1, com os dois titãs do esporte gradualmente se desentendendo enquanto companheiros de equipe na McLaren em meados da década de 1980.
Notoriamente, a dupla colidiria na decisão do campeonato em Suzuka em 1989 – a visão das duas McLaren emaranhadas na chicane se tornando um dos momentos mais famosos da F1. Prost seria o beneficiário final naquela ocasião, levando Senna a se vingar um ano depois, ao colidir com Prost, pilotando pela Ferrari, na primeira curva da primeira volta.
Embora o relacionamento tenha sido venenoso para os dois rivais durante seus anos inebriantes, havia sinais de degelo à medida que a carreira de Prost diminuía. Senna transmitia uma mensagem famosa a Prost durante seu último fim de semana em Imola, enviando um rádio do cockpit para dizer: “Um olá especial para meu querido … nosso querido amigo Alain, na França. Todos nós sentimos sua falta, Alain”.
O próprio Prost se abriu sobre os últimos meses de relacionamento com Senna, comentando que sentiu que o piloto brasileiro ficou um pouco perdido com a aposentadoria – a ascensão de Michael Schumacher à frente da F1 só começaria nas últimas corridas de Senna.
“Nos comunicamos muito com Ayrton nos dias após minha aposentadoria”, disse Prost em entrevista especial para a emissora francesa L’Equipe.
“Senti que ele não estava bem. Ele me ligava com frequência. Às vezes duas vezes por semana.
“Ele nunca me ligou enquanto eu ainda estava correndo. Ele havia, sem mim, perdido o rumo. Eu provavelmente era sua fonte de motivação. É difícil de entender…”
Prost carregaria o caixão no funeral de Senna no Brasil em maio de 1994, com os dois rivais nunca chegando ao ponto de transformar suas experiências comuns em uma provável amizade depois que o fogo da competição foi extinto.
Falando do ponto de vista de quase 30 anos depois, talvez seja esse conhecimento do que poderia ter sido que significa que Prost olha para trás em seu tempo com Senna com orgulho agridoce.
“Nós dois vivemos uma incrível história humana e psicológica”, disse ele. “Você tem que guardar as boas lembranças.”
This website is unofficial and is not associated in any way with the Formula 1 companies. F1, FORMULA ONE, FORMULA 1, FIA FORMULA ONE WORLD CHAMPIONSHIP, GRAND PRIX and related marks are trade marks of Formula One Licensing B.V.