Embora já estejamos prestes ao início de 2021, 2020 deve reservar um lugar especial na memória dos fãs de Fórmula 1. Muito especial. Mesmo em meio a uma temporada que tinha tudo para ser gravemente prejudicada pela pandemia de Covid-19, a 71ª edição da categoria nos reservou muitas disputas e agradáveis surpresas.
De fato, o domínio seguiu com a Mercedes. Pelo sétimo ano seguido. Porém, a competitividade das flechas de prata (ou melhor, flechas pretas em 2020) não impediu a F1 de repetir os cinco vencedores diferentes da temporada anterior. Em menos provas, contudo: 17, contra 21. Já quando o assunto são pódios, 2020 teve quase o dobro de visitantes que 2019: 13 a 7.
Mas, enfim, quais foram os dez maiores nomes da Fórmula 1 em 2020?
10º lugar: Esteban Ocon. Sim, é verdade que ele levou uma surra de seu companheiro de Renault, Daniel Ricciardo, em classificações. Largou apenas dois dos 17 GPs à frente do australiano. E somou pouco mais da metade de pontos do teammate: 62 contra 119. Contudo, devemos ressaltar que Ricciardo, além de um dos mais competentes do grid, disputou sua nona temporada completa na F1; Ocon, apenas a terceira.
Nesse sentido, o francês merece ser valorizado. Além de concluir quatro provas à frente de Daniel, em outras seis ficou não mais que duas posições atrás que seu companheiro de equipe. Na etapa no anel externo de Sakhir, aliás, soube aproveitar a oportunidade e, com uma pilotagem madura, conduziu a Renault ao seu melhor resultado no ano: segundo lugar.
9º lugar: Valtteri Bottas. Teve um ano um pouco abaixo do que será espera do número dois do time dominante da F1. Só garantiu o vice-campeonato na última prova, em Abu Dhabi. Na etapa anterior, em Sakhir, tomou um baile do substituto de Lewis Hamilton, George Russell. Então, por que figura neste top-10? Além de vitórias convincentes nos GPs da Áustria e da Rússia, teve rendimento positivo em classificações. Superou Hamilton em cinco classificações (com cinco poles), sendo, no ano, em média, apenas 0s2 mais lento que o britânico. Nada mal no comparativo com um dos maiores pilotos de todos os tempos…
Desempenho suficiente para colocá-lo neste ranking. Mas convenhamos: se quiser continuar com seu posto privilegiado na Mercedes, precisa de mais regularidade nas corridas.
8º lugar: Lando Norris. Cumpriu uma temporada de notável evolução em relação a 2019, seu ano de estreia na Fórmula 1. Além de conquistar seu primeiro pódio na categoria (terceiro colocado na abertura da temporada, na Áustria), somou seis top-five e duas volta mais rápidas. Foram 97 pontos, quase o dobro dos 49 obtidos no campeonato anterior. De quebra, superou o companheiro de McLaren, Carlos Sainz Jr., em classificações: largou nove dos 17 GPs à frente do espanhol.
7º lugar: Carlos Sainz Junior. Em um duelo contra um companheiro de equipe osso duro de roer, perdeu em dois quesitos: classificações (sete a oito) e volta mais rápidas (uma a duas). No entanto, mesmo com uma prova a menos (não largou na Bélgica, por conta de problemas na unidade de potência Renault de seu carro), terminou o ano com 105 pontos, contra 97 do inglês. No GP da Itália, conquistou um segundo lugar, melhor resultado da McLaren na F1 nos últimos seis campeonatos, menos de meio segundo atrás do vencedor, Pierre Gasly.
6º lugar: Charles Leclerc. Em um ano com Sebastian Vettel muito apático e abaixo do que se espera de um piloto de seu calibre, coube a Leclerc comandar a Ferrari. Um segundo lugar na abertura, na Áustria, encheu os tifosi de esperanças, porém o SF 1000 se revelou um carro extremamente problemático, de meio de grid. E o monegasco salvou a equipe de um fiasco ainda maior, com dois pódios e outros quatro top-five. Resultados que comprovam seu talento e, claro, colocam uma pitada extra de pressão por mais competitividade na Ferrari em 2021. Um novo ano com desempenho medíocre pode fazer os italianos perderem um potencial campeão para alguma adversária.
5º lugar: Pierre Gasly. Muitos poderiam julgar Gasly acabado para a F1 após seu rebaixamento da Red Bull para a Toro Rosso, no meio da temporada de 2019. Entretanto, o francês mostrou resiliência. E, desde então, colheu resultados positivos. Que o diga 2020. Responsável por 70% dos pontos da Alpha Tauri no ano, marcou presença no top-ten em dez de 17 corridas. O ápice, claro, foi na improvável vitória no GP da Itália, quando soube aproveitar as oportunidades e liderou com maturidade, por 26 voltas. Com mais uma temporada sólida pela Alpha Tauri, se candidata fortemente a equipes mais competitivas em 2022.
4º lugar: Daniel Ricciardo. Assim como em 2019, esteve privado da disputa por pódios constantes e vitórias. Contudo o segundo – e último ano – do australiano na Renault foi positivo. Marcado por louvável regularidade. Ele completou 16 das 17 corridas, pontuando em 14. Nesse quesito, ficou atrás apenas de Lewis Hamilton, com 16 provas na zona de pontos. Foram dois terceiros lugares (Eifel e Emília-Romanha) e outras cinco presenças em top-five das corridas. Chegará à McLaren em 2021 com moral. Muito moral. Não por acaso.
3º lugar: Sergio Pérez. O melhor piloto da F1 em 2020 entre aqueles que não tinham em mãos um Mercedes ou um Red Bull. E é preciso ressaltar que sua temporada foi digna de um dramalhão mexicano! Além de não ter disputado as etapas na Inglaterra – por ter sido infectado com Covid-19, concluiu quatro de suas primeiras participações no ano atrás do companheiro de Racing Point, Lance Stroll. Mas a partir da segunda metade do ano, Pérez ressurgiu. Somou pontos em cinco de sete etapas, com direito a um segundo lugar na Turquia e uma vitória irretocável na prova dois no Bahrein. Novamente encarou um drama, na reta final da temporada. Mas seu desempenho o credenciou novamente a uma equipe grande: a Red Bull, em 2021. Com justiça.
2º lugar: Max Verstappen. Embora tenha sido o segundo piloto com mais abandonos na temporada (cinco), Max conseguiu incendiar a disputa com a Mercedes em várias etapas do ano. Nas provas que recebeu a quadriculada, só ficou fora de um pódio, no GP da Turquia (sexto lugar). Lutou com Valtteri Bottas pelo vice-campeonato até a última prova do ano, ficando apenas nove pontos atrás do finlandês. Foram 11 pódios e duas vitórias. Além da certeza de que pode almejar voos mais altos com um carro mais competitivo.
1º lugar: Lewis Hamilton. Por que seria outro? Em um ano de campeonato mais curto, no qual os erros seriam mais determinantes na disputa, o inglês foi irretocável. Arrematou pódio em 14 das 16 etapas que disputou, com 11 vitórias, mesma marca de 2018 e 2019 – porém em 21 GPs! No auge da forma física e técnica, mentalmente forte, já se consolidou como o maior vencedor da categoria em todos os tempos. Tudo leva a crer que vem mais (muito mais) por aí. Desde que ele queira.
Em tempo: certamente há quem sinta falta de George Russell nesta lista. De fato, o inglês pôde mostrar seu potencial no GP de Sakhir com a Mercedes, onde teve uma atuação irretocável, colocando o experiente piloto da casa, Bottas, no bolso. Contudo, em um contexto mais amplo (ao longo do ano na Williams), cometeu erros que custaram caro à equipe nas corridas. Não à toa, dos quatro principais resultados do time em 2020, três foram com seu teammate, Nicholas Latifi. É um piloto naturalmente veloz, e, quando alcançar a regularidade em provas, será um dos grandes nomes da F1.
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