No clássico “A Divina Comédia”, o autor Dante Aligheri descreve que na Porta do Inferno há uma placa com a seguinte frase :”Ao adentrar, tenha em mente, abandonai toda as esperanças, vós que entrais! “. É um pouco pesado o paralelo, mas deve ser este o aviso que o fã de F1 deve ter ao ver as apresentações dos carros para esta temporada, iniciadas formalmente esta semana. Deixe as esperanças de lado.
Quase dois meses atrás, este aqui que vos escreve colocou neste mesmo espaço que não esperassem grandes revoluções para este ano. Pelo fato do regulamento técnico ter se mantido estável e a grande mudança para 2021 estar na esquina, os departamentos técnicos optaram por seguir a linha do “evolução na continuidade”.
E o que seria isso? Basicamente pegar a base de 2019 e melhorá-la. Até mesmo quem teve uma temporada de cão como a Haas, deu a entender a renderização apresentada que resolveu partir para corrigir o que entendeu ter errado no VF-19.
Até o momento em que esta coluna foi escrita, o que se viu foi boa parte do público comparando os carros de 2019 e 2020 da Ferrari, Red Bull e Mercedes, brincando de “jogo de 7 erros”. Para o público comum e até mesmo para quem milita na área, é complicado achar as alterações logo à primeira vista. Mas vendo com calma, começam a aparecer os detalhes. Aí se tem a impressão de quando se conhece irmãos gêmeos: no início, você confunde. Mas com o tempo aprende a ver as diferenças.
Diante deste quadro, o fã deve alimentar poucas esperanças de ver mudanças dramáticas este ano. Se alguém me perguntasse, eu diria que onde seria possível maiores mudanças seriam na Williams (por motivos óbvios, embora já tenham dito que usariam o FW42 de 2019 como base) e na Racing Point (finalmente tendo dinheiro para iniciar o ano decentemente). A McLaren foi quem agora mexeu mais em relação ao ano passado, pois é o primeiro carro inteiramente sob responsabilidade de James Key, ex-Toro Rosso. A AlphaTauri (novo nome da Toro Rosso. É a divisão de roupas da Red Bull) deve vir com um carro bem parecido com a “nave mãe” e a mudança mais chamativa deve vir na pintura.
É complicado não criar expectativas após tempo sem corridas. Mas é preciso ter pé no chão diante das circunstâncias. Claro que, como fã, queremos ver novidades impactantes. Entretanto, temos regulamentos restritivos que dificultam ver soluções bem distintas uns dos outros. 2021 a chama deve ser acesa. 2020, é ano de reduzir esperanças. Mas isso está longe de significar uma temporada ruim….
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