A 8ª posição este ano, em uma análise inicial, demonstrou estabilidade em relação a 2019. OK, é fato. Mas os pontos despencaram (57 x 8) e a queda de desempenho na pista acabou sendo refletida nisso. Não é preciso muita análise para constatar como a Alfa Romeo deu passos atrás em 2020. Mas são frutos de escolhas feitas…
A equipe iria para seu segundo ano com Raikkonen e Giovinazzi. O finlandês seria mais uma vez o guia do time e o italiano teria mais uma chance, após um ano instável de estreia (embora tenha crescido na parte final da temporada). Não foi uma má decisão.
Só que o ano foi mexido já no desenvolvimento do C39. Simone Resta, o diretor técnico, voltou para a Ferrari na fase final do projeto. A conclusão foi feita por Jan Monchaux, que era da equipe existente. O foco da equipe foi tentar afinar o C38, que mostrou algum potencial.
Os testes de Barcelona mostraram que o carro tinha um problema de acerto nas suspensões. No caso específico, a Alfa optou por não usar as unidades da Ferrari (ficou no motor e câmbio) e, além de não ter conseguido resolver as questões aerodinâmicas para gerar mais pressão, apareceu um problema de fazer os pneus funcionarem corretamente.
A pandemia acabou por quebrar o desenvolvimento e a equipe teve também suas finanças estritamente controladas. Por este motivo o início da temporada acabou sendo muito sofrido. Parte do problema com os pneus foi tratado com uma nova geometria e um bico revisado introduzido em Mugello. Mas a Alfa Romeo também sofreu com a falta de potência do motor Ferrari. Mas por várias vezes, os carros tiveram velocidade máxima maior do que os italianos.
Estas mudanças permitiram a Raikkonen e Giovinazzi a andarem um pouco mais à frente no pelotão, embora não mostrou um ganho principalmente nas qualificações. Não à toa que Kimi conquistou seus primeiros pontos em Mugello e fez uma ótima largada em Portimão (que mereceu até a premiação da FIA de melhor ultrapassagem do ano). Mas faltou ainda ser mais consistente em corridas, pois a equipe optou por fazer estratégias deixando os carros mais tempo na pista, o que não funcionou muito bem.
Raikkonen alternou momentos de brilhantismo com desinteresse. Giovinazzi conseguiu se consolidar um pouco mais e andar mais próximo do finlandês. Houve muita discussão sobre sua continuidade, com muita gente colocando Mick Schumacher como substituto para 2021. Mas a Ferrari usou sua influência e o manteve no time. Uma possibilidade que ficou na mesa foi a aposentadoria do finlandês, que confirmou sua permanência por mais um ano.
A perspectiva para 2021 é consolidar as mexidas feitas este ano e colocar no C40 uma série de melhorias que não foram introduzidas este ano. Uma coisa com que a Alfa conta para evitar repetir o 8º lugar é a melhoria da unidade de potência da Ferrari. Sem contar que um bom desempenho dá perspectivas para a continuidade das atividades, já que o acordo de patrocínio da Alfa Romeo termina no fim da temporada e não são poucos que falam que poderia haver negociações com outros times para fornecimento de soluções. Afinal de contas, o time segue sendo operado pela Sauber, mas com o apoio da Alfa. Com a fusão da FCA (onde está incluída a Alfa) com a PSA (Peugeot/Citroen), as atividades estão em reavaliação. Um ano que promete ser agitado para Frederic Vasseur.
Alfa Romeo Racing ORLEN
Carro : C39
Motor: Ferrari Tipo 065
Pilotos : Kimi Raikkonen (7) / Antonio Giovinazzi (99)
Posição nos Construtores: 8º (8 pontos)
Chefe de Equipe: Frederic Vasseur
Diretor Técnico: Jan Monchaux
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