Se teve alguém que não pode reclamar de pasmaceira em 2020 foi a McLaren. O time ocupou bastante espaço na mídia por conta de seu desempenho dentro e fora das pistas ao longo do ano e, diante de todas as circunstâncias, acabou chegando com boas perspectivas de futuro.
O ano prometia bem, com mais um ano com a dupla Sainz e Norris. As esperanças de prosseguir a recuperação de resultados residia no MCL35, primeiro projeto inteiramente sob a batuta de James Key, trazido da Toro Rosso. Também seria a primeira temporada completa de Andreas Seidl à frente do time.
O carro mostrou ser uma boa evolução em relação ao seu antecessor, ajudado pela nova versão do motor Renault. Os pilotos ficaram satisfeitos com o que viram. Mas já se havia a dúvida de como o processo se desenrolaria, pois já se sabia que Carlos Sainz Jr iria para a Ferrari e Daniel Ricciardo viria para seu lugar.
A chegada da COVID acabou por atingir duramente a McLaren. Um aporte de £ 300 milhões de libras foi feito pelos acionistas para encarar o período de fechamento. Não deu. A empresa solicitou o apoio financeiro do governo. Não teve. A situação ficou tensa e houve sim a possibilidade do time não participar da temporada. Neste aspecto, a categoria deu apoio, bem como o Banco Nacional do Bahrein, que deu o socorro necessário para a empresa.
Na pista, o terceiro lugar de Lando Norris na Áustria deu confiança e a certeza de que o carro era bom. Mas os bons resultados vieram em boa parte de Carlos Sainz Jr. O espanhol confirmou a boa impressão de 2019 e fez provas muito interessantes, especialmente na segunda parte, com o 2º lugar em Monza. Norris continuou em seu processo de amadurecimento e fez boas provas, embora alguns esperassem mais.
O fato é que a equipe em alguns momentos acabou falhando em trabalhos de box e demorando a encontrar um ajuste fino para o carro ao trazer novidades. Embora a situação financeira não tenha sido tão folgada, um trabalho acelerado de desenvolvimento do MCL35 ao longo da temporada foi conduzido. O carro se mostrou mais à vontade em circuitos de média/alta velocidade, embora em Portimão tenha feito um início incrível, tendo liderado a prova rapidamente.
A equipe se mostrou mais organizada e estruturada. Aí entram os méritos de Andreas Seidl, que trouxe uma nova direção ao time. A reestruturação iniciada em 2018 começa a mostrar resultados e o alemão, que entrou efetivamente no posto de chefe de equipe no GP da Espanha de 2019, é tido como um dos pilares do processo. Zak Brown também ganha méritos por ter conduzido o processo e o trabalho feito no ramo comercial.
O terceiro lugar final foi um alívio diante da situação como um todo. E no fim do ano, a notícia da entrada de investidores para o time de F1 trouxe mais otimismo para o futuro. A chegada de Ricciardo e do motor Mercedes fazem os fãs pensar que uma McLaren vencedora pode aparecer em 2021. Mas Andreas Seidl, um dos responsáveis pelo crescimento do time, trata de ser cauteloso, embora esperando um desempenho tão bom quanto o de 2020.
MCLAREN F1 RACING TEAM
Carro: MCL35
Motor: Mercedes M11 EQ Performance 1.6 L
Pilotos: Lando Norris (4) / Carlos Sainz Jr (55)
Classificação nos Construtores: 3º (202 pontos)
Diretor Técnico: James Key
Chefe de Equipe: Andreas Seidl
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