Red Bull: “A F1 precisa aprender com o resultado da investigação de Abu Dhabi”

O diretor-esportivo da Red Bull, Jonathan Wheatley, falou sobre a Fórmula 1 e a investigação em andamento da FIA sobre o final da temporada 2021 em Abu Dhabi, na qual Max Verstappen venceu a corrida – e o título – sob circunstâncias controversas.

Wheatley diz que a F1 deve trabalhar em conjunto para aprender e ‘seguir o resultado’ da investigação, que deve ser apresentada antes do início da temporada 2022, em março.

O assunto é investigado depois que as regras não foram aplicadas corretamente, com o diretor de provas Michael Masi permitindo que apenas os carros entre Lewis Hamilton e Max Verstappen descontassem a volta de desvantagem, deixando vários outros carros fora de posição.

As regras também determinam que o Safety Car deve entrar na volta seguinte, mas parou na mesma volta, deixando apenas uma volta de corrida, dando a Verstappen a oportunidade de que precisava para passar Hamilton.

A Mercedes protestou contra o resultado da corrida, que foi rejeitado pelos comissários. A equipe então avançou com um recurso, mas abandonou essa abordagem após discussões com a FIA nas quais eles disseram que responsabilizariam o órgão regulador, levando à investigação.

Wheatley diz que é importante que o esporte trabalhe em conjunto para aprender com a investigação.

“Não quero soar como Boris Johnson e dizer que estou esperando um determinado relatório, mas é muito importante que a FIA faça sua investigação e trabalhe com as equipes nessa investigação e todos devemos acompanhar o resultado de qualquer investigação”, disse ele ao podcast ‘The Jack Threlfall Show’.

“Se olharmos para a direção de prova, é um papel muito, muito difícil que o Diretor de Prova e os comissários têm.

A Red Bull reclamou de decisões injustas de administração ao longo da temporada de 2021 e Wheatley também quer que isso seja resolvido.

“Nós olhamos para isso e falamos sobre a consistência das decisões dos comissários, consistência geral, como as pessoas que assistem futebol gostariam de ver dos árbitros, e nem sempre é o caso.

“Claro, todos nós adoraríamos que fosse muito, muito claro. Tivemos essa grande e abrangente filosofia de ‘deixe-os correr’, mas deixá-los correr é apenas uma filosofia. Você tem então o preto e branco dos regulamentos, que muitas vezes são muito prescritos em termos de qual penalidade [aplicar]. Não há espaço de manobra nele.

“Acho que essas são as áreas do esporte que precisam vir de cima; precisa vir do Conselho Mundial de Automobilismo, que precisa dizer: ‘Aqui estão os princípios pelos quais vamos correr’.

“Então cabe à FIA e às equipes trabalharem juntas para garantir um conjunto consistente de regulamentos esportivos.”

No entanto, Wheatley admite que pilotos como Verstappen e Hamilton, que ele descreveu como “puros”, podem dificultar o policiamento, pois eles sempre ultrapassam os limites do que é permitido.

“Acho que se você olhar para qualquer esportista de elite, em qualquer esporte, eles aumentam o nível, desafiam todos ao seu redor.

“Eles tornam um trabalho muito difícil tentar policiá-los de vez em quando. Max é um piloto puro e 100% de corrida, assim como Lewis. O que vimos no ano passado foi uma batalha titânica e espero que haja muito mais por vir.”