Red Bull é panela de pressão cada vez pior apoiada por críticas sem sentido de Marko

Helmut Marko é um dos personagens mais controversos na F1 atualmente. Conselheiro da Red Bull, é bastante conhecido por seus comentários ácidos e duras críticas, especialmente com seus pilotos. Caso o nome não seja Max Verstappen, o austríaco não se furta de apontar dedos, deixando claro o ambiente de panela de pressão dentro do time.

No início da década, a escuderia de Milton Keynes era uma das melhores oportunidades para um competidor chegar à categoria. Com quatro assentos disponíveis – dois na equipe principal e dois da antiga Toro Rosso -, tinha um bom programa de desenvolvimento e nomes de talento para entregarem muito ao time.

Acontece que, com o passar dos anos, a paciência tem sido cada vez menor com os pilotos. Apesar de Sebastian Vettel ter sido, sem dúvidas, a melhor aposta até hoje com quatro títulos de pilotos e construtores, a lista de “queimados” é infinitamente maior. Dois grandes exemplos são Jean-Éric Vergne e Antonio Félix da Costa, ambos campeões na Fórmula E. Mas é possível continuar com Brendon Hartley, Sébastien Buemi, Sébastien Bourdais…

Não é um mistério que a política de tolerância zero é cada vez maior dentro da equipe e especialmente alimentada por Marko. Linha dura, o dirigente faz questão de ressaltar quando um piloto falha sem se importar em dar o apoio e apontar o caminho da melhora. Não por menos que a Red Bull chegou a ser apelidada de ‘moedor de carne’.

Yuki Tsunoda (AlphaTauri) GP da Emília-Romanha F1 2021 - Ímola
Tsunoda foi o piloto mais recente que recebeu críticas de Marko Foto: XPB Images

Acontece que sem mudanças, bem, nada vai mudar. O segundo carro da equipe taurina parece uma roleta russa em que nenhum competidor consegue durar – desde 2018, Verstappen teve quatro companheiros diferentes que foram Daniel Ricciardo, Pierre Gasly, Alexander Albon e Sergio Pérez. Sem a chance do tempo de adaptação, nenhum piloto vai conseguir, de fato, se desenvolver e fazer frente ao holandês.

Pierre chegou a ser do time principal, mas apenas 12 corridas depois foi rebaixado para abrir espaço para Albon. Desde então, subiu duas vezes ao pódio – uma delas com vitória, a primeira da AlphaTauri/Toro Rosso desde o GP da Itália de 2008. Mesmo assim, não escapa das alfinetadas de Helmut. A última foi de que “Verstappen seria mais rápido” na equipe. Alex também não passou imune das palavras pouco elogiosas, tendo recebido como justificativa pela perda da vaga na F1 por “fraqueza mental”.

No final de semana, no GP da Emília-Romanha, em Ímola, o novato Tsunoda e o recém-chegado Pérez também não escaparam da língua afiada do conselheiro. O japonês, que cometeu erros durante a classificação, foi chamado de pretensioso pelo chefão, enquanto o mexicano, que se envolveu em um acidente com Esteban Ocon na sexta-feira, foi apontado como o culpado do ocorrido.  Ainda, após ter terminado em 11º em Ímola, Helmut disse ter sido “mais que um incômodo”. Elogios? Zero.

Marko é conselheiro da Red Bull, mas parece fazer o oposto do que o sugerido. Sem se importar com o futuro dos pilotos ou dar tempo para adaptação, torna o ambiente da equipe cada vez mais complicado e coloca uma pressão ainda maior do que a necessária em seus jovens pupilos.

Se uma vez o time de Milton Keynes teve um programa estruturado e contou com bons nomes, agora, é preciso prestar atenção para não jogar tudo por água abaixo. Contar apenas com o talento acima do normal de Verstappen pode valer no momento, mas se o holandês decidir deixar a equipe no ano que vem, quem vai assumir a liderança do projeto? Certamente Marko não vai ser.

 

 

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