Red Bull iguala marca que só Mercedes e Ferrari alcançaram no século XXI

Atual bicampeã de pilotos, com Max Verstappen, e dona do título de construtores de 2022, a Red Bull Racing inicia a atual temporada com amplo domínio diante de suas adversárias. Em cinco corridas disputadas até agora, foram cinco vitórias de seus pilotos, sendo quatro dobradinhas.

Além dos austríacos em 2023, apenas outras duas equipes conseguiram vencer as primeiras etapas ou mais do calendário neste século: a Ferrari, em 2004, e a Mercedes, em 2014 e 2019. Com o início avassalador de Max Verstappen e Sergio Pérez, a RBR já parece desenhar a conquista do seu sexto campeonato e lidera com sobras as cotações nas casas de apostas esportivas, com odds a 1,01. Mercedes e Aston Martin aparecem na sequência com valores a 50,00.

Red Bull em 2023

Já são 18 anos de participação na Fórmula 1. Desde sua estreia na principal categoria do automobilismo mundial, em 2005, a Red Bull Racing conquistou seis mundiais de pilotos (quatro com Sebastian Vettel e dois com Max Verstappen) e faturou cinco títulos de construtores. Só que, mesmo nas temporadas em que teve amplo domínio, nunca a equipe austríaca havia vencido as cinco primeiras corridas.

Em 2023, isso aconteceu. Com os triunfos de Verstappen nos GPs do Bahrein, Austrália e agora em Miami, e de Sergio Perez na Arábia Saudita e Azerbaijão, o time da marca de bebidas energéticas se tornou o terceiro desde a virada do século a conseguir tal feito.

Mais do que a vitória de seus pilotos, a RBR emplacou quatro dobradinhas nessas provas. A única corrida em que os carros azuis não chegaram em primeiro e segundo foi em Melbourne, quando Verstappen cruzou a linha de chegada na ponta e Perez foi apenas o quinto colocado. Não à toa, os austríacos possuem mais que o dobro de pontos na classificação em relação à segunda colocada, a Aston Martin: 224 a 102.

Mercedes em 2019

Desde que a Fórmula 1 entrou em sua Era Híbrida, em 2014, mudando radicalmente de regras, uma equipe se destacou mais do que as outras e dominou a categoria: a Mercedes. Foram oito títulos consecutivos entre os construtores e sete de pilotos, seis com Lewis Hamilton e um com Nico Rosberg. Essa hegemonia possibilitou aos alemães emplacarem uma série de façanhas e recordes ao longo dos anos e 2019 foi um dos mais impressionantes.

Red Bull iguala marca que só Mercedes e Ferrari alcançaram no século XXI

Naquela temporada, as flechas de prata conquistaram nada menos do que oito vitórias nas primeiras oito corridas do calendário. Hamilton levou seis provas (Bahrein, China, Barcelona, Mônaco, Canadá e França), enquanto Valtteri Bottas faturou duas (Austrália e Azerbaijão). Juntos, eles protagonizaram seis dobradinhas, sendo cinco consecutivas entre o primeiro e o quinto GP.

Mercedes em 2014

Cinco anos antes, os alemães já haviam feito algo parecido, vencendo as seis primeiras etapas do campeonato. Hamilton ganhou quatro (Malásia, Bahrein, China e Barcelona), e Rosberg duas (Austrália e Mônaco). Com exceção à corrida de abertura da temporada, em Melbourne, na qual Lewis abandonou, os cinco triunfos restantes dos comandados de Toto Wolff foram com dobradinha.

Vale lembrar que naquele ano a Mercedes faturou 16 das 19 provas disputadas. As exceções aconteceram no Canadá, Hungria e Bélgica, onde a Red Bull conquistou suas três vitórias com Daniel Ricciardo, então companheiro do tetracampeão do mundo Sebastian Vettel.

Ferrari em 2004

O feito de conquistar tantas corridas consecutivas no início de uma temporada é tão difícil que, antes da hegemonia da Mercedes começar, a última vez em que isso aconteceu foi exatamente dez anos antes, durante o domínio da Ferrari de Michael Schumacher.

O ano do último título mundial do piloto alemão ficou marcado pela conquista de 12 vitórias nas primeiras 13 corridas da temporada, sendo cinco nas primeiras provas do calendário, na Austrália, Malásia, Bahrein, San Marino e Barcelona. A sequência foi quebrada em Mônaco, onde Schumacher abandonou. Depois emendou uma nova sequência de sete triunfos, nos GPs da Europa, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Alemanha e Hungria.

Companheiro de Michael durante seis temporadas, Rubens Barrichello contribuiu com três dobradinhas na série inicial de vitórias do alemão e com outras quatro na sequência seguinte. O brasileiro ainda venceu duas provas naquele ano, na Itália e na China.