A Red Bull deve continuar a receber o fornecimento de unidades de potência diretamente da Honda pelos próximos quatro anos, após o que foi descrito como uma ‘reavaliação’ dos planos da fabricante japonesa.
No final do ano passado a Honda saiu oficialmente da F1 para concentrar seus recursos no desenvolvimento de formas alternativas de energia, com o objetivo principal de se tornar neutra em carbono até 2050.
Com o congelamento das unidades de potência a partir desta temporada, a Honda pelo menos concordou em continuar a oferecer suporte de engenharia à Red Bull.
Nos próximo três anos, a nova divisão Red Bull Powertrains assumiria as funções de manutenção da unidade de potência, em conjunto com o desenvolvimento de seu próprio motor para quando novas regras entrarem em vigor a partir de 2026.
O consultor da Red Bull, Helmut Marko, no entanto, agora confirmou uma mudança de planos.
“Encontramos agora uma solução completamente diferente da inicialmente prevista”, disse Marko, em entrevista à revista austríaca Autorevue.
“Os motores serão fabricados no Japão até o final de 2025. Não vamos mais tocar neles, ou seja, os direitos e todas essas coisas ficarão com os japoneses.”
Falando sobre a razão por trás da mudança, porém, Marko acrescentou: “No decorrer de nossos sucessos cada vez maiores, um certo repensar surgiu dentro da Honda. Isso também significa que eles podem, é claro, usar o conhecimento da bateria para sua fase de eletrificação.”
“A princípio, estava planejado que eles fabricariam nossos motores apenas para 2022. Agora foi decidido que isso continuará até 2025, o que é obviamente uma grande vantagem para nós. Como resultado, só precisamos fazer ajustes finos e calibrações”, disse ele.
Mesmo com as mudanças nos regulamentos aerodinâmicos para esta temporada, Marko não tem dúvidas de que a reviravolta da Honda, pelo menos permitirá que a Red Bull permaneça competitiva no departamento de unidades de potência pelas próximas quatro temporadas.
“Um pré-requisito para este acordo foi que o desenvolvimento do motor foi congelado, porque a primeira ideia era que fizéssemos tudo sozinhos”, disse Marko.
“É por isso que começamos em Milton Keynes e obedientemente compramos a AVL (fornecedor de dinamômetros). A planta entra em operação total em maio/junho.”
“Para a decisão final de fazermos nós mesmos, a premissa foi de que tudo está congelado. Porque, caso contrário, não teríamos chance com essa coisa complexa”, finalizou Marko.
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