Uma das principais conquistas da história do Futebol Brasileiro completa 30 anos nesta quarta-feira (17): o tetracampeonato mundial de futebol, após vitória contra a Itália nos pênaltis na Copa do Mundo dos Estados Unidos. O que nem todos lembram é que Ayrton Senna foi homenageado durante as comemorações no Rose Bowl, estádio em Pasadena em que foi disputada a partida.
Senna, que era corinthiano e que em 20 de abril de 1994 havia dado o pontapé inicial em um amistoso da Seleção Brasileira contra um combinado de PSG e Bordeaux, em Paris, começou o ano animado com a chance do tetracampeonato, tendo trocado a McLaren pela Williams. O piloto, porém, viria a perder a vida no GP de San Marino de Fórmula 1, em Ímola, ao bater sua Williams na sexta volta de prova.
A “Seleção Canarinho”, por outro lado, chegou desacreditada a Copa do Mundo dos Estados Unidos. A classificação para o Mundial veio na última partida das Eliminatórias, ainda em 1993, quando Romário brilhou em um Maracanã lotado para garantir a vaga com um 2 a 0 contra o Uruguai. Na fase de grupos, o Brasil venceu Rússia (2 a 0) e Camarões (3 a 0), e empatou com a Suécia (1 a 1).
A campanha seguiu com vitória contra os americanos por 1 a 0 nas oitavas de final, no dia da Independência dos Estados Unidos e declaração de “eu te amo” de Bebeto para Romário. Nas quartas de final, Branco garantiu os 3 a 2 contra a Holanda. Na semifinal, em novo encontro contra os suecos, Romário, do alto de seus 1,67 m, venceu de cabeça os gigantes zagueiros para colocar o Brasil em uma final mundialista pela primeira vez desde 1970 com um 1 a 0.
A final contra os italianos, que passaram apenas no terceiro lugar de um grupo com México, Irlanda e Noruega, e que avançaram a decisão derrubando Nigéria, Espanha e Bulgária, foi tensa. O time de Parreira criou mais chances, mas parou no goleiro Gianluca Pagliuca e na trave. O jogo foi aos pênaltis e Márcio Santos perdeu sua cobrança, mas Franco Baresi e Roberto Baggio desperdiçaram para os italianos, e o Brasil celebrou o tetracampeonato mundial.
Na comemoração, Senna foi homenageado por jogadores e comissão técnica com uma faixa. Nela, se lia “Senna… Aceleramos juntos. O tetra é nosso!”, em mais um momento icônico da história do esporte brasileiro. A faixa foi produzida por Américo Faria, então superintendente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que a mantém guardada até hoje, 30 anos depois.
Vale lembrar que Senna e futebol renderam outros momentos históricos: o gesto do piloto em carregar a bandeira brasileira após vitórias surgiu no GP de Detroit de 1986, em resposta aos franceses que trabalhavam na Lotus, que o atazanaram após a eliminação do Brasil contra a França na Copa do Mundo do México. Ayrton também revelou torcida ao São Paulo na disputa do Mundial Interclubes de 1993, contra o Milan, no Japão.
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