Robert Kubica acha que os carros da Fórmula 1 modernos precisam “perder um pouco de peso”. O polonês está em posição única para comentar sobre os carros de hoje, tendo ficado de fora dos cockpits da F1 entre o período de 2011 à 2017, devido aos ferimentos no braço causado por um acidente de carro em rali.
“A primeira coisa que notei foi o peso”, disse o agora novo piloto de teste da Williams, Robert Kubica, à publicação alemã “Auto Motor und Sport”. Segundo ele: “Os carros agora são pelo menos 60 quilos mais pesados. Em curvas lentas, parece um ônibus”, disse Kubica.
Embora os carros de hoje sejam rápidos no cronômetro, Kubica lembra com prazer como era pilotar os carros da última década: “Eles pesavam 605 quilos e tinham 50 quilos de lastro a bordo. Os pneus também tinham uma vida mais curta para que você pudesse atacar [as curvas] toda a corrida. Hoje é impossível. Você tem que gerenciar tudo”, falou o polonês.
Kubica disse que os pilotos também estão gerenciando o motor e trabalhando em estreita colaboração com os engenheiros para operar os carros e seguir os planos.
Quanto aos engenheiros que ajudam os pilotos no rádio, Robert Kubica pensa que tem pouco a ver com a tecnologia complexa: “Os pilotos de hoje podem ter ficado preguiçosos”, disse ele. “Não vejo nenhum motivo pelo qual um bom piloto precisa de instruções dos pits”, falou Kubica.
O polonês ainda acrescentou: “Do lado de fora, parece que os pilotos estão sozinhos na pista, e é porque todo mundo está mantendo a distância devido ao superaquecimento.”
Quando perguntado sobre qual a resposta ou possível solução, ele respondeu: “Abaixe o peso. Então, muitos problemas se resolverão”, concluiu Robert Kubica.