Depois de anos de puros rumores, Robert Kubica confirmou para o podcast oficial da Fórmula 1 o ‘Beyond the Grid’, que assinou um contrato com a Ferrari para a temporada de 2012, antes de sofrer um grave acidente de rali.
Desde o acidente, em fevereiro de 2011, que quase lhe tirou a vida e provocou sérios ferimentos, Kubica não competia pela F1, e só agora lhe foi dada a oportunidade de retornar como piloto teste da Williams.
Os boatos que o polonês teria assinado com a Ferrari para ocupar o lugar de Felipe Massa, sempre circulou entre todos, mas nunca o acordo tinha sido confirmado por alguma das partes até então, “ o primeiro (objetivo de um piloto) é entrar na F1. O segundo é se estabelecer na categoria, então você tem um bom valor, uma boa reputação, que é mais difícil do que entrar. Terceiro, você ganha um campeonato mundial ou se torna um piloto da Ferrari”.
“Eu não ganhei um campeonato mundial, no final não me tornei piloto da Ferrari, mas estava muito próximo”, completou Kubica.
O piloto contou que assinou o contrato com o então chefe da equipe italiana, Stefano Domenicali, e que o salário era menor no que seu então atual time, a Renault.
Visto que a chance de correr pela Ferrari deixou de existir após seu acidente, Kubica fala que isso não tornou as coisas mais difíceis do que já eram, mas diz que forneceu uma “dor adicional” atualmente, “foi doloroso ( não correr na F1), mas não foi mais doloroso porque eu sabia que iria correr pela Ferrari”, contou.
O acidente de Kubica podia ter sido evitado pelo mesmo, ele revelou que chegou a considerar não participar do evento, mas não quis decepcionar a equipe que organizava o rali. Diferente do que alguns pensam, participar no Ronde di Andora não era algo visto como diversão para ele e sim como uma despedida, “a questão é que esse rali seria meu último, já que a equipe pela qual eu pilotaria em 2012 não deixaria”
O resultado de tal escolhe fez o piloto pagar um preço alto, “eu estava lutando, estava me concentrando na recuperação, estava passando por um período difícil”, explicou Kubica, “quanto mais tempo passava, mais difícil se tornava, porque a esperança de que as coisas pudessem ser resolvidas estava desaparecendo”.
Hoje o piloto não tem pretensões de futuro e aguarda por um posicionamento de alguma equipe ou até mesmo da Williams.