Ross Brawn tem analisado a possibilidade de descartar as bandeiras azuis e deixar que os líderes ultrapassem os retardatários naturalmente. As bandeiras azuis indicam a um carro mais lento que ele está a ponto de ser ultrapassado e deve abrir passagem o mais rápido possível.
Brawn, que agora é Diretor de Automobilismo da Formula 1 acha que a ausência de bandeiras azuis deixaria as corridas muito mais emocionantes. A Liberty Media, novos proprietários da F1, estão prontos para introduzir uma série de mudanças para apimentar o esporte após o reinado de Bernie Ecclestone de mais de 40 anos.
“Ken Tyrrell era famoso porque dizia a seus pilotos para nunca facilitar qualquer ultrapassem, mesmo se fosse para tomar volta! Meu instinto é que seria divertido livrar-se das bandeiras azuis porque criariam mais um desafio na corrida. Os pilotos atuais, quando estão no pelotão da frente, você ouve-os no rádio o tempo todo pedindo e repetindo para darem bandeira azul para os retardatários!”
“Eles querem passagem livre e mentalmente estão em sintonia com a obtenção de passagem livre. Mas certamente os pilotos de corrida de anos atrás sabiam que não iriam obter passagem livre e eles tinham que ultrapassar quem estivesse na frente deles.”
“E isso cria alguma incerteza na corrida. Pode-se argumentar que os caras na frente deviam ter permissão para ultrapassar sem qualquer problema, mas acho que estamos sob risco de excesso de regulamentação nas corridas. Sobre as punições para os pilotos e assim por diante, vejo que a FIA acaba de fazer uma mudança agora que, a menos que seja uma questão muito séria, eles não vão aplicar qualquer punição na corrida, e eu acho que essa sim é a direção certa a ser seguida.”
“Claramente se alguém faz algo que é muito agressivo e totalmente fora de propósito, então você tem que reagir, mas deixe os pilotos disputarem um pouco – isso sim é corrida. Por exemplo, Verstappen está sendo um grande sopro de ar fresco na Formula 1. Ele foi muito agressivo e chateou algumas pessoas, mas isso é corrida e é isso que queremos. Eu não acho que ele tenha feito nada escandaloso, por isso precisamos apenas dar um passo atrás sobre tudo isso.”