Sainz será o quarto piloto a correr por McLaren, Ferrari e Williams

A temporada de 2025 da Fórmula 1 reserva mudanças importantes, e uma delas é a transferência de Carlos Sainz para a Williams, tornando o espanhol apenas o quarto piloto na história a competir pelas três equipes mais tradicionais da categoria — McLaren, Ferrari e Williams —, que juntas somam 33 títulos de construtores e 34 de pilotos.

Com isso, Sainz entra para um seleto grupo que conta com Alain Prost, Nigel Mansell e Jacky Ickx, os únicos até então que também pilotaram por essas escuderias ao longo de suas carreiras. O francês e o inglês, inclusive, foram campeões pelo time britânico na década de 1990.

Ao ser dispensado pela Ferrari, que contratou Lewis Hamilton, e se transferir para a Williams, que nem de longe vive os seus melhores dias, Sainz tem a chance de dar continuidade à sua carreira recomeçando por baixo. Ao mesmo tempo corre o risco de ficar esquecido no fundo do grid, depois de pelo menos três temporadas andando no pelotão da frente, brigando por pódios e conquistando vitórias.

Essa mudança também pode ter um impacto direto nas cotações de apostas esportivas, já que o espanhol entra para um time que hoje ocupa apenas a oitava posição no campeonato de construtores e cujos melhores resultados em 2024 foram um sétimo lugar de Alexander Albon e um oitavo de Franco Colapinto no GP do Azerbaijão. Atualmente, a Williams é uma das últimas opções entre os apostadores.

Embora o cenário também não seja dos mais promissores para o ano que vem, a presença de um piloto deste calibre pode trazer alguma esperança para os britânicos. Sua experiência também é um ponto positivo para tirar a pressão dos ombros de Albon, que nas últimas temporadas teve péssimos companheiros (Nicholas Latifi e Logan Sargeant) e entregou resultados praticamente sozinho.

Mas, muito antes de Carlos Sainz, como foram as experiências de Prost, Mansell e Ickx nas três equipes mais tradicionais da F1?

Sainz será o quarto piloto a correr por McLaren, Ferrari e Williams
Foto: grunzibaer / Pixabay

Alain Prost

Tetracampeão do mundo, o francês conquistou três títulos pela McLaren (1985, 1986 e 1989) e um pela Williams (1993), este último justamente em sua temporada de despedida da Fórmula 1. Já pela Ferrari, ele foi vice-campeão em 1990, em duelo contra Ayrton Senna.

De suas 13 temporadas na categoria, Prost correu sete pelo time de Wolking (1980 e 1984-1989), duas pela escuderia de Maranello (1990 e 1991) e outra pela equipe de Grove (1993). As outras três foram guiando o carro da Renault (1981-1983). Ao todo, o ‘Professor’ venceu 51 provas: 30 com a McLaren, 9 pela Renault, 7 guiando a Williams e 5 como piloto da Ferrari.

Nigel Mansell

Durante 15 temporadas na F1, Mansell defendeu quatro equipes, iniciando sua carreira pela Lotus entre 1980 e 1984 e depois passando por Williams (1985-1988, 1991-1992 e 1994), Ferrari (1989-1990) e, por fim, a McLaren (1995), onde encerrou sua trajetória na categoria. De suas 31 vitórias, 28 foram pelo time de Frank Williams e outras três pela escuderia italiana.

Mas foi com o carro de Grove que ele chegou à sua maior glória, faturando o título de 1992. Ele também teve outros três vice-campeonatos pela equipe, em 1986, 1987 e 1991. Em suas duas últimas temporadas, o Leão somou apenas seis corridas, disputando somente duas provas pela McLaren em 1995.

Jacky Ickx

Único integrante deste trio que nunca foi campeão mundial, o belga Jacky Ickx disputou 120 GPs entre 1967 e 1979, somando oito vitórias, 25 pódios, 13 pole positions e 14 voltas mais rápidas. Seus melhores resultados no campeonato de pilotos foram dois vice-campeonatos pela Brabham em 1969 e pela Ferrari em 1970. Foi justamente pelas duas equipes que conquistou todas as suas vitórias, seis pelo time italiano e duas pela escuderia inglesa.

O fato mais curioso sobre Ickx é que, além de ter corrido pelo tradicional trio formado por Ferrari, McLaren e Williams, ele o fez em uma única temporada, disputando ao menos uma prova por cada equipe em 1973. Naquele ano, chegou a subir ao pódio uma vez, com um terceiro lugar em Nurburgring guiando a McLaren, em sua única corrida pelo time.



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