A F1 2019 terminou a menos de um mês e se observa entre os fãs uma verdadeira abstinência. E no meio das notícias mornas das férias, podemos pensar um pouco sobre o que poderá ser 2020….
Por incrível que pareça, a próxima temporada é uma grande interrogação. Ora, mas como dá pra dizer isso? O regulamento técnico não será o mesmo? As mudanças enormes só não virão para 2021?
Justamente pelo fato do regulamento técnico ser praticamente o mesmo (as mudanças mais profundas são o acionamento da embreagem, a introdução do segundo medidor de vazão de combustível e a redução da quantidade de óleo fora do sistema), isso tende a trazer uma aproximação entre as equipes. Salvo aqueles que tenham cometido erros nos seus projetos (Haas e Williams, por exemplo), não tenderiam a grandes modificações, tendendo a uma “evolução na continuidade”. Teoricamente, 2020 tende a ser um ano de evolução do que de revolução. Mas aí, vem a pergunta que atinge a todos os decisores da equipe: ainda trabalhar em 2020 ou focar o trabalho em 2021?
Em prol da primeira opção, a visão seria tentar melhorar a posição e assim conseguir mais dinheiro para 2021. Além de significar uma injeção de ânimo para uma temporada onde tudo muda. Afinal, como o esforço de alguns não estará nesta temporada, quem forçar a situação poderá ter algum ganho no curto prazo.
Mas se focar em 2021? A primeira coisa que vem à cabeça é o exemplo da Brawn de 2009, que matou 2008 ainda como Honda e conseguiu achar um “pulo do gato” com o difusor duplo, dominando a primeira parte do campeonato. Escolher colocar mais foco no projeto de 2021 significa também aproveitar o tempo extra previsto no regulamento para uso de computadores e túnel de vento, além de não entrar na “camisa de força” do controle orçamentário previsto no novo regulamento.
Sobre orçamento: muitos dizem que 2020 será um dos anos onde se gastará mais dinheiro na história da categoria.
Do grupo da frente, a Mercedes dá a entender que não deverá vir com tantas alterações (embora as fotos em que Bottas aparece fazendo o molde do banco revelem uma preocupação com a refrigeração, por conta do desenho das laterais e a entrada de ar sob o piloto – embora esta possa mudar) e a Ferrari parece buscar um meio termo entre o SF71 (andava melhor em curvas) e o SF90 (um verdadeiro canhão em retas). A Red Bull indica vir na linha de desenvolver o conceito atual. No resto do pelotão, a chamada F1,5, deve haver ainda mais briga do que este ano e nos dar um ótimo espetáculo.
A decisão estratégica 2020 x 2021 fará toda a diferença. Não podemos esquecer os anos da F1 onde já se sabia que seriam de transição entre grandes mudanças de regulamento: 1988 e 2013. E foram anos em que tivemos equipes de ótima base técnica dominando tudo (McLaren e Red Bull).
Se me perguntar o que penso, lhes digo: não vejo uma grande tendência de alteração na relação de forças atuais. Um fator que impacta nesta linha é a manutenção dos pneus deste ano. Afinal, todos os usaram à exaustão e entenderam o seu funcionamento. E neste cenário de “estabilidade técnica”, quanto menos incerteza houver melhor, ainda mais em algo tão crítico quanto os pneus.
Mas, embora seja uma das áreas que usem tanta ciência exata, o sucesso na concepção e construção de um carro de F1 não é algo garantido. E aí está o barato da situação. Se fossemos ver simplesmente pelo lado financeiro e de recursos, a Ferrari seria praticamente imbatível. Mas quantas vezes vimos gigantes serem criados e despencarem? A Mercedes vem sendo teimosa e não dá espaço para que alguém ameace seu reinado.
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