Steiner diz que Schumacher teve que se adaptar com a chegada de Magnussen na Haas F1

Na pré-temporada da F1 no início de 2022, a Haas tomou algumas decisões drásticas, devido à invasão da Rússia na Ucrânia, e assim rompeu o contrato com seu principal patrocinador, a empresa russa Uralkali e dispensou o piloto russo, Nikita Mazepin, cujo pai, Dmitry, vem a ser o proprietário da Uralkali.

Com isso, uma vaga de piloto titular se abriu na equipe, e Kevin Magnussen foi chamado para retornar ao time de onde havia sido dispensado no final da temporada 2020.

Guenther Steiner, chefe da Haas, descreveu a chegada de Magnussen, como um ‘mundo diferente’ ao qual Mick Schumacher, o outro piloto da equipe precisou se adaptar.

O dinamarquês retornou em grande forma, conquistando um P5 em sua primeira corrida de volta na F1 e, desde então, terminou marcando pontos em mais quatro ocasiões.

Sua chegada também representou um avanço significativo em termos de comparação de companheiros de equipe para Schumacher, que passou de enfrentar um novato como ele (Mazepin), que superava com certa facilidade em 2021, para um veterano da F1 (Magnussen) em 2022.

Levando um certo tempo para se adaptar a este novo padrão, o que gerou várias críticas a ele, o jovem Schumacher ‘se encontrou’ no GP da Inglaterra, onde marcou seus primeiros pontos na F1 com um P8, tendo repetido o feito na corrida seguinte, o GP da Áustria com um P6.

O chefe da equipe, Steiner, elogiou a capacidade de Schumacher de lidar com a pressão externa, e disse que sua função é dar as mesmas oportunidades para cada piloto.

“Acho que muita pressão foi trazida de fora para ele, e não sei como ele lida com isso, porque ele está fazendo suas próprias coisas”, disse Steiner, de acordo com o Motorsport.com. “Mas o que sempre faço e sempre farei como chefe de equipe, é dar a eles (os pilotos da equipe) as mesmas oportunidades.”

“E enquanto você mantiver isso, você pode olhar nos olhos de ambos os pilotos e dizer: ‘Ei, isso é o que você tem, agora cabe a você encontrar uma solução, porque eu não posso pilotar o carro de corrida. Eu sei que não está indo como você queria. Mas continue tentando, são as mesmas oportunidades’,” disse ele.

“Fora a questão da atualização na Hungria (que foi apenas para o carro de Magnussen), tudo sempre foi tratamento igual, e com estratégia, a mesma coisa. Então essa é a única coisa que eu posso tentar estabilizar, para que ele fique focado mentalmente. Então, obviamente, a interferência de fora, não consigo lidar com isso porque não posso entrar na cabeça dele.”

Steiner descreveu a chegada de Magnussen como um ‘mundo diferente’ para Schumacher se adaptar, mas acredita que já conseguiu fazer essa adaptação.

“Ele (Schumacher) superou isso. Obviamente, gostaríamos que tivesse acontecido mais cedo, porque assim teríamos mais pontos, mas no final, Silverstone e Áustria foram duas boas corridas para ele. Então, espero que agora estejamos nesse caminho”, acrescentou Steiner.

Agora Schumacher tem nove corridas pela frente para provar que merece manter seu lugar na Fórmula 1. A Haas pode optar por ir para outro caminho, com boatos cogitando Daniel Ricciardo na equipe, principalmente depois de hoje, quando a McLaren confirmou o fim de seu relacionamento com o australiano.

Mas mesmo que Schumacher tenha que deixar a equipe Haas, isso não significa necessariamente o fim de seu tempo na F1. Podem surgir outras oportunidades para que ele prove que não é só seu sobrenome que o garante na categoria.

 

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