Veio da Alemanha o mais novo rumor para balançar a Fórmula 1. De acordo com o site F1-Insider, Toto Wolff sairia da Mercedes ao final do seu contrato que expira no fim deste ano. (veja a matéria aqui). Mas a jogada seria melhor ainda: ele deixaria a chefia da equipe e se tonaria um dos donos, ainda envolvendo Lawrence Stroll na jogada. Mas como assim????
Hoje, a equipe é 70% controlada pela Mercedes (Daimler), com Toto sendo dono de 30%. Os 10% que eram de Niki Lauda foram repassados para os alemães quando de sua morte, conforme acordo entre as partes.
A conversa de uma possível saída da Mercedes da categoria tomou desenhos maiores no início do ano e foi inteiramente rechaçada pela Daimler. Mas é fato que, embora o retorno de imagem seja positivo no curto prazo, no médio e no longo, a Fórmula 1 não faz muito sentido no desenho estratégico da montadora.
Como também não é nova a conversa de que Toto assumisse um posto na futura Aston Martin, do seu mais novo melhor amigo Lawrence Stroll, que se tornou o maior investidor da montadora inglesa. A temperatura aumentou após se saber que o austríaco havia comprado algumas ações na Aston.
O desenho inicial é que Toto Wolff deixaria seu posto na Mercedes e assumiria a Aston Martin no próximo ano. Esta que nada mais é do que a atual Racing Point, que vem comandando um pesado programa de investimentos e estreitando cada vez mais laços com a Mercedes (O RP20 foi inteiramente desenvolvido no túnel de vento de Brackley, sede da Mercedes).
O que a F1-Insider diz é que haveria uma mudança neste desenho. Toto Wolff sairia do posto de chefe de equipe e Lawrence Stroll trocaria sua participação na Aston Martin (25%) pela equivalência na equipe. Com isso, a Daimler assumiria posição de maior acionista da montadora inglesa (anteriormente, os alemães já tinham 5% do capital, junto com uma série de acordos de fornecimento). E Stroll e Toto teriam 55% das ações.
A possibilidade de algo sair neste sentido foi o fato de Tobias Moers, presidente da Mercedes AMG, ter sido indicado para ser o novo CEO da Aston Martin. Moers é cria alemã e muito próximo de Ola Kallenius, presidente da Daimler, a quem substituiu no comando da AMG em 2013…
Caso esta linha se concretize, seria a janela de oportunidade perfeita para que a Mercedes saísse da cena principal. Conforme os últimos dados contábeis disponíveis, a Daimler contribuiu oficialmente com cerca de 60 dos 338 milhões de libras esterlinas que a equipe teve de receita em 2018 (cerca de 17,5% do total). Com a entrada do teto orçamentário aprovado nesta última quarta-feira, este valor poderia ser enquadrado no corte que será executado sem muito choro.
No fim, a Mercedes continuaria com um time de fábrica, mas reduzindo o seu envolvimento, cortando custos (o que Kallenius tem como mantra desde que entrou) e ficando “somente” como fornecedora de motores. Stroll e Wolff seriam sócios e teriam 2 times disponíveis, o que poderia motivar uma fusão entre as estruturas ou a venda de parte delas. Ou até mesmo reprisar o modelo Red Bull e deixar um time satélite, para desenvolvimento de pilotos.
Agora pouco, a Mercedes liberou uma nota negando categoricamente estes rumores, inclusive os chamando de “infundados e irresponsáveis”. E reiterou a disposição de ficar como equipe na Fórmula 1 por vários anos e “o fará com o nosso sócio dirigente Toto Wolff”.
Dizem alguns que os alemães já teriam acertado uma renovação de acordo com a FOM até 2025. E estaria a Mercedes disposta a assumir a Aston Martin em um momento em que está aprofundando cortes de custos? Mas negócios são negócios e nem sempre temos total ciência de todas as variáveis disponíveis para a tomada de decisão. Aguardemos os próximos passos.
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