O chefe da Mercedes Toto Wolff gostaria de ver a chegada da Porsche na Fórmula 1 em 2021 como uma das construtoras.
A última vez que a montadora esteve envolvida com a Fórmula 1 foi em 1991 como fornecedora de motores para a equipe Footwork. Entretanto, a Porsche vem mostrando interesse no esporte após as últimas sobre o futuro técnico da categoria.
As atuais especificações dos motores expiram no final de 2020 e os detentores dos direitos comerciais da Fórmula 1, o grupo Liberty, está num processo de planejamento para o que vai acontecer depois dessa data.
Enquanto a Porsche não tem feito nenhum comunicado sobre seus planos de retornar para a categoria, é possível que eles retornem como parceiros de alguma equipe como a Red Bull ou a Williams.
Se isso acontecer, a Porsche pode se tornar a principal rival da Mercedes, mas Wolff diz ser a favor disso.
“Quanto mais nós brigamos no nosso pequeno playground, na caixa de areia, mais nós gostamos disso”, disse Wolff à ‘Sky Sports F1’ após o treino da manhã de sexta-feira.
“Eu acho que a Porsche está interessada e observando o ambiente, mas isso não está claro no momento”, disse ele. “Eles estão sentados na mesa e usando seus dados”.
A decisão da Porsche vai depender dos detalhes dos planos da Liberty para o futuro da Fórmula 1. As atuais equipes esperam ouvir mais sobre estes planos nesta semana, num encontro do grupo de Estratégia do esporte.
“Eles não estão jogando pedras, mas eu espero que na próxima semana, no Grupo de Estratégia nós vamos ouvir um pouco mais sobre isso”, disse Wolff.
“Isto ainda não foi acertado entre o que esteve na mesa nas temporadas passadas e todos os fornecedores de motores”, completou. “Então teremos algumas duras discussões pela frente, eu acho”.
A Mercedes tem pressionado para que sejam mantidos alguns dos recentes avanços da tecnologia híbrida, para manter a F1 alinhada com os movimentos ao redor do mundo para os carros elétricos e energia eficiente.
“Para nós é importante que a mensagem ainda permaneça, na eficiência”, insiste Wolff. “Eficiência é igual a performance, é importante quando o mundo todo caminha para o verde e a eletricidade.”
Wolff diz que seria um erro se “Nós por nostalgia histórica, voltássemos 20 anos para trás.”
“Isto não é uma coisa que queremos fazer. Isto precisa ficar num nível muito alto de performance e eficiência”, insiste.
“Isto precisa de uma tonalidade diferente, e é importante para todos nós, fabricantes de motores, não sendo uma parte padrão.”