A Toyota está avançando aos poucos em direção a um retorno completo à Fórmula 1, com a recente parceria técnica firmada com a Haas sendo um marco importante nesse processo. O acordo de múltiplos anos, anunciado em outubro de 2024, marcou o início da colaboração, com a marca japonesa estampando sua identidade nos carros da equipe americana a partir do Grande Prêmio dos Estados Unidos daquele ano.
Masaya Kaji, diretor global de esportes a motor da Toyota Gazoo Racing, havia inicialmente descartado planos de fabricar unidades de potência ou de atuar como uma equipe oficial na categoria. No entanto, recentemente, Kaji indicou que a empresa está reavaliando sua posição, sugerindo uma aproximação mais clara para um eventual retorno à F1.
“Estamos estudando as tecnologias para 2026 e até mesmo as tecnologias atuais,” declarou Kaji ao Motorsport.com. “Sinto que estamos gradualmente nos movendo nessa direção.”
A Toyota deixou a Fórmula 1 ao final de 2009 e, desde então, tem focado seus esforços em competições de endurance e rali. Apesar do interesse crescente na F1, Kaji deixou claro que, no momento, não há planos concretos para desviar recursos significativos de suas iniciativas em outras modalidades.
“Não estamos em um estágio no qual redirecionaríamos todos os nossos recursos para a Fórmula 1,” explicou. “O que acontece após 2030 ainda é incerto. Estamos trabalhando em várias tecnologias novas, e se nosso direcionamento se alinhar com a F1, veremos.”
A parceria com a Haas também abre caminhos para pilotos do programa da Toyota subirem na hierarquia dos monopostos, com uma possível transição para a Fórmula 1. Ryo Hirakawa, por exemplo, participou do teste de jovens pilotos da Haas em Abu Dhabi após fazer sua estreia em TL1 pela McLaren no GP de Abu Dhabi de 2024. Hirakawa agora integra a Alpine como piloto de testes e reserva, com a oportunidade de participar do TL1 em Suzuka, sua corrida em casa.
Kaji destacou que, com uma equipe própria, a Toyota teria maior liberdade para promover seus pilotos na Fórmula 1. “Se tivéssemos nosso próprio time, poderíamos escolher quais pilotos colocar no carro,” comentou.
Contudo, ele enfatizou a necessidade de uma abordagem cautelosa, levando em conta os custos e os recursos humanos envolvidos em um retorno de pleno direito. “Precisamos avaliar quanto dinheiro e quantos membros de equipe seriam necessários para fazer isso acontecer,” apontou Kaji. “Por enquanto, construir parcerias, como com a Haas, e trabalhar com diversas equipes é o mais importante.”
O executivo concluiu dizendo que a Toyota não está em um estágio para acelerar o processo, preferindo focar em ações graduais para garantir uma base sólida antes de considerar um retorno mais amplo.
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