A Toyota descartou qualquer plano de comprar ou criar uma equipe de Fórmula 1, ou mesmo de fornecer unidades de potência para a categoria. A declaração foi feita por Masaya Kaji, diretor da Toyota Gazoo Racing, após o surpreendente anúncio de uma nova parceria técnica e operacional com a Haas.
O anúncio, que ocorreu na presença de Akio Toyoda, presidente da Toyota, gerou especulações sobre um possível retorno completo da marca japonesa à Fórmula 1. No entanto, Toyoda deixou claro que não deseja que os manchetes se concentrem nesse retorno, preferindo destacar a inspiração que a parceria pode proporcionar para jovens japoneses sonharem em se tornar pilotos de Fórmula 1. “Não quero que as manchetes sejam: ‘A Toyota está finalmente retornando à F1’. Em vez disso, gostaríamos de ver manchetes que inspirem as crianças japonesas a sonhar com a possibilidade de que elas também possam um dia pilotar os carros mais rápidos do mundo”, disse ele.
Toyoda admitiu que foi ele próprio quem tomou a decisão de retirar a equipe de fábrica da Toyota da Fórmula 1 no final de 2009. Ele expressou arrependimento por essa decisão, reconhecendo que ela privou jovens pilotos japoneses de uma oportunidade importante. “Agora cheguei a uma certa idade e finalmente me tornei um cara comum que ama carros de corrida novamente, sorriu o homem de 68 anos. Acho que, no fundo, esse cara sempre se arrependeu de que, por causa da nossa saída da Fórmula 1, os jovens pilotos japoneses foram privados de uma oportunidade”, acrtescentou.
Fontes indicam que Ayao Komatsu, chefe da equipe Haas, foi fundamental para a concretização da parceria com a Toyota. Toyoda destacou a conexão imediata que teve com Komatsu, atribuindo a compatibilidade entre eles à experiência compartilhada em competições de nível mundial.
Apesar de a Ferrari continuar fornecendo motores e caixas de câmbio para a Haas, a equipe americana terá acesso à fábrica de Fórmula 1 da Toyota em Colônia, bem como a sua capacidade de fabricação de componentes, simuladores e suporte de pessoal para um novo programa de testes de carros anteriores (TPC).
Komatsu esclareceu que a Ferrari impôs algumas condições para a parceria, mas que a Toyota já estava disposta a atendê-las. Ele afirmou que a relação com a Ferrari continua sendo fundamental e que a aliança com a Toyota não representa uma ameaça à Ferrari.
Masaya Kaji, chefe do departamento de automobilismo da Toyota, reafirmou que a empresa não tem planos de ter uma equipe própria ou de fornecer unidades de potência. Ele destacou que a Haas foi escolhida como parceira por compartilhar os mesmos objetivos e por apresentar complementaridade em termos de forças e fraquezas. “Não temos planos de ter uma equipe. Nem estamos planejando oferecer o fornecimento de uma unidade de potência neste momento”, disse ele.
“Conversamos com várias equipes e temos um relacionamento com a McLaren, mas na realidade, a Haas e Komatsu são os melhores parceiros, porque nosso escopo é exatamente o mesmo e podemos fortalecer a equipe juntos. Nossos pontos fortes e fracos se encaixam perfeitamente, acrescentou.
O ex-piloto de Fórmula 1 Ralf Schumacher, por sua vez, especulou que a parceria com a Toyota pode ser um sinal de que a Haas estaria à venda. Ele também sugeriu que essa parceria pode ser um passo em direção à criação de uma grande equipe, considerando que a Toyota já havia sido associada a rumores de retorno à Fórmula 1, mas que os custos envolvidos são muito altos.
Schumacher destacou ainda, que a Fórmula 1 está se tornando uma categoria cada vez mais lucrativa e que a imagem da Toyota poderia se beneficiar de uma participação mais ativa na categoria, mas pelo menos oficialmente, essa não parece ser ideia da fabricante japonesa.
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