Uma luz no final do túnel surgiu nesta quarta-feira. O site da Formula 1 publicou entrevista com Ross Brawn, onde ele mostra qual são os planos que estão na mesa para tentar colocar carros na pista este ano.
Em alguns pontos, a visão de Brawn seria um quase paraíso para os fãs: estimando uma melhoria nas condições de saúde na Europa, a estimativa seria começar o campeonato em julho. Isso permitiria pensar em 18 a 19 etapas, emendando sequência de 3 finais de semana, com 1 de folga. Para isso, consideraria fazer em alguns casos finais de semana em 2 dias ao invés de 3.
Já ensina os manuais de liderança desde o tempo de Sun Tzu que gestos simbólicos importam tanto quanto ações práticas. Esta fala de Brawn acaba por ter mais um impacto psicológico do que prático: mostra que diante da situação, a Fórmula 1 se preocupa em tentar retomar a normalidade e acena às equipes a perspectiva de entrar dinheiro no caixa.
Mas entrando no detalhe, várias variáveis entram na pista para tornar a corrida de Brawn extremamente espinhosa…
A principal é basicamente a situação do coronavírus. Enquanto a China, onde o vírus deu o primeiro ar da graça, começa a levantar restrições, a Europa ainda sofre com seus efeitos e o quadro iniciou uma tênue reversão. Como as ações foram tomadas em momentos diferentes, o continente deverá ter aberturas diferentes das restrições.
Pelo calendário atual, a França seria a primeira a receber a temporada. Em março, os organizadores levantaram a possibilidade de fazer a prova em portões fechados. Mas as coisas mudaram em um mês e pelo quadro francês atual, é cedo falar algo do tipo. Mesmo assim, vários sites especializados dão conta que a temporada poderia começar em Paul Ricard ou na Áustria, onde o governo considera levantar parte das restrições em breve, com uma possível rodada dupla.
A intenção é interessante. Mas da mesma forma em que se pensa em uma “volta à normalidade”, se preocupa com uma possível “segunda onda” de contaminação, o que poderia ocorrer um retorno às medidas de contenção.
Por conta disso tudo, Brawn também falou em fazer provas de portões fechados. Essa ação seria simplesmente um problema para os organizadores locais, que tem na bilheteria uma de suas principais fontes de renda. Esta solução resolveria em parte o lado da Fórmula 1 e das equipes, que receberiam os valores de televisão e dos patrocinadores corporativos.
Só que a restrição de acesso seria enorme. Se pegarmos alguns referenciais dos últimos tempos (Porsche Cup e treinos da Super Formula japonesa), os circuitos seriam somente acessados por times, equipes de apoio e transmissão (até mesmo o acesso da imprensa deveria ser considerado). Tudo em uma quantidade mínima de capacidade. E como ficariam as áreas de hospitalidade, de onde também sai uma considerável parte de receita?
A logística seria algo extremamente complicado. Corridas em três semanas seguidas forçam um planejamento perfeito por parte das equipes. Além do stress incrível sobre todos os membros com viagens constantes. O recomeço pela Europa, onde as distâncias são menores, é inteligente neste momento. Mas e as restrições de viagem? Pessoas teriam que passar por quarentena? Não existe solução fácil e isso e muito mais tem que ser considerado. Não se faz omelete sem quebrar ovos e vários serão quebrados para chegar a uma situação. Muita adaptação será feita ao longo dos próximos dias.
A situação ainda é muito fluida e estamos longe ainda de ter uma definição clara do que vai acontecer. É importante sim mostrar que a situação está em acompanhamento e mostrar que há um norte, uma base de ação. Entretanto, há de se ter cuidado para equilibrar a situação financeira com a humanitária, já que a tentativa de se correr a qualquer custo na Austrália fez uma grande marca na imagem da Fórmula 1.
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