Algumas semanas atrás, Christian Horner, o chefe de equipe da Red Bull, declarou que as mudanças de pilotos para 2021 não seriam tão grandes assim. A expectativa é grande, já que os contratos dos principais volantes terminariam ao fim deste ano. E a fábrica de boatos comeu solta em dezembro neste sentido.

A montagem do quadro das principais equipes começou na véspera de Natal, com o anúncio da prorrogação do contrato de Charles Leclerc pela Ferrari até 2024. E nesta terça feira, a Red Bull anunciou a extensão do acordo com Max Verstappen até o final da temporada 2023.

Tal anúncio dá a entender algumas situações. A listar:

– Verstappen aumenta sua aposta na Red Bull. Aparentemente, existe aí também um elemento de gratidão. Afinal, foram os taurinos que o bancaram desde o início e vem apoiando seu crescimento. Além do mais, hoje o holandês tem a equipe funcionando ao seu entorno. Isso é uma segurança. E ainda acredita que a Red Bull tem condições de lhe entregar um carro vencedor.

– Não é uma certeza, mas é um indicador de continuidade. A Red Bull é uma das equipes que não anunciou a adesão aos novos termos comerciais da F1 (a única que se tem quase certeza é a Ferrari) e sempre se coloca em dúvida se fica ou não. Na conjuntura atual, a Red Bull depende muito mais de Max do que o contrário. E o anuncio de hoje amarra mais ainda um ao outro.

– Outro indicador de continuidade seria da Honda. Os japoneses confirmaram a sua permanência até 2021 e o relacionamento com a equipe e Verstappen tem sido muito produtivo. Com as conversas internas caminhando para um “congelamento” de desenvolvimento e a Unidade de Potência finalmente dando mostras de que pode andar na frente, a escolha da Honda em prosseguir poderia estar atrelada à prorrogaçao do contrato.”

– Mais uma vez se levanta a possibilidade de existência de uma “cláusula de performance” no contrato e sempre é citada quando se fala em Red Bull. Caso os taurinos não conseguissem entregar o famoso “carro campeão” tão prometido, Max não poderia ir embora? E se aparecesse uma vaga interessante fora? Esta é uma coisa que deveremos saber nos próximos tempos.

– A permanência de Max na Red Bull deixa a desconfiança de que a possibilidade Mercedes não existe no curto prazo (alemães fora ou a renovação de Hamilton uma questão de tempo?). A chance Ferrari parece fechada com a permanência de Leclerc e os italianos dão a entender que devem usar um piloto mais “segundão”. No quadro atual, a permanência faz sentido.

O curioso é que, se cumprir integralmente seu contrato, Max será um “veterano” de 9 temporadas de F1 e 26 anos…Uma mistura completa entre juventude e experiência, o que seria ótimo para qualquer time. Mas tem que torcer para que este casamento com a Red Bull dê mais e melhores frutos do que já deu até agora para até manter a sua imagem de vencedor. Hoje, ele já é uma certeza. Mas tem que manter a evolução para pegar seu lugar entre os grandes.

A F1 precisa de que um “jovem leão” como Verstappen venha a ser um efetivo dominador da categoria e atrair não só os holandeses, mas como um público mais jovem, que se identifica com a vontade e até mesmo a “insolência” de Max.

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