Vettel relembra início no automobilismo e vê corrida difícil em Interlagos

Em evento da Shell, o alemão recordou os tempos no kart e afirma que o GP do Brasil exige fisicamente dos pilotos

Por Carolina Alberti

Imagine estar frente a frente com um tetracampeão mundial de Fórmula-1 e ainda ter a chance de mandar uma pergunta para ele. Foi exatamente isso que aconteceu na noite desta quinta-feira, na capital paulista. A Shell promoveu o encontro do alemão Sebastian Vettel com um grupo de convidados. Tendo como mediador seu companheiro nos tempos da Fórmula BMW, Átila Abreu, o alemão relembrou seu início de carreira e falou sobre as dificuldades do GP do Brasil.

Com duas vitórias em solo brasileiro, Vettel comentou sobre o grande número de curvas para a esquerda que Interlagos têm, diferentemente das demais etapas da Fórmula 1

– Interlagos é difícil, exige muito do físico. Você tem muitas curvas para a esquerda e, depois de 70 voltas, seu pescoço dói. Ano passado foi ótimo, apesar do tempo. Desta vez, parece que teremos sol e será, mais uma vez, uma corrida difícil – afirmou.

Estreando na F-1 em 2006, como piloto da Sauber, Vettel elegeu o GP do Japão como seu favorito. Além disso, ele relembrou seu primeiro contato com o automobilismo, aos quatro anos.

– Minha corrida favorita é o GP do Japão. Como piloto, eu gosto de curvas rápidas. Lá é incrível porque você pode ir muito rápido – revela o alemão, que completa:

– Eu comecei com quatro anos de idade e isso me ajudou a me desenvolver como piloto. Minha família gostava do esporte, meu pai me levou para correr de kart. Quando eu comecei, via pilotos já com uniforme, algo profissional, eles eram como “aliens”. No começo, você sonha com a Fórmula 1, mas não sabe o que isso significa. Atualmente, olhando para trás, eu devo tudo o que conquistei aos meus pais.

Por fim, Vettel comentou sobre a aposentadoria de Filipe Massa. Mantendo o tom de brincadeira sobre a veracidade do anúncio, ele comentou sobre este possível jejum de brasileiros na F1.

– Vamos ver se ele (Massa) realmente se aposenta dessa vez (risos). Eu me lembro que quando eu era mais novo, via brasileiros competindo. Não sou especialista, acho que falaria melhor se fosse sobre pilotos alemães, já acho que tem jovens talentos no Brasil que podem aparecer.