O GP do Azerbaijão reservou de tudo um pouco para o fã de F1 e também para o campeonato. Em um final quase que caótico nas ruas de Baku, Sergio Pérez garantiu sua primeira vitória com a Red Bull e mostrou que a equipe austríaca enfim encontrou um bom segundo piloto.
O mexicano chegou ao time para ser companheiro de Max Verstappen nesta temporada. No final do último campeonato, perdeu sua vaga na Racing Point, hoje Aston Martin, para Sebastian Vettel e bateu na trave de deixar a categoria.
Entretanto, encontrou uma nova chance de permanecer no grid com a equipe das bebidas energéticas. Apesar de ser a chance de estar em um time grande como sempre sonhou, isso em suas palavras, tinha a dura missão de ser companheiro do holandês, hoje queridinho de Christian Horner e Helmut Marko.
Seus antecessores falharam todos ao ocupar o segundo carro. Subindo à Red Bull em 2016, Verstappen já teve Daniel Ricciardo, Pierre Gasly, Alexander Albon e agora tem Pérez – portanto, quatro colegas em um intervalo de cinco campeonatos.
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Neste período, pensando até o GP do Azerbaijão de 2021, a equipe com base em Milton Keynes conseguiu 17 vitórias, sendo 12 delas vindas de Max e o restante dos demais pilotos – quatro de Ricciardo e a recente de Sergio.
Que Verstappen é um piloto fora da curva já ficou bastante claro. Que a Red Bull é um time que tem paciência e tolerância zero, também. Por isso que nenhum piloto aguentou muito tempo ao lado do holandês – Gasly foi quem mais sofreu durando apenas 12 corridas, enquanto Albon foi trocado um ano e meio depois.
Sem tempo de adaptação e ainda precisando lidar com os constantes comentários bastante críticos de Marko, a situação fica quase insustentável. O ‘moedor de carnes’ queima pilotos e os descarta como qualquer pessoa troca de roupas, tudo na busca por um nome que consiga ao menos acompanhar a estrela da esquadra.
Acontece que em apenas seis corridas já está começando a ficar claro que talvez tenham encontrado o caminho com Pérez. Pela primeira vez, buscaram alguém de fora de seu programa de jovens talentos para colocar com o filho de Jos e, com isso, com um pouco mais de experiência no bolso.

E a aposta está se pagando. Após um início bastante devagar com a Red Bull em que ficou até mesmo a ficar fora da zona de pontos na segunda etapa do ano, Checo tem pego a mão do carro. Tanto que conseguiu trazê-lo para a vitória – o último piloto da equipe a ter vencido e que não fosse Verstappen foi Ricciardo no GP de Mônaco de 2018.
E o bom desempenho de Pérez tem se mostrado extremamente valioso na briga pelo título. Atualmente, Red Bull soma 174 pontos e aparece na liderança do Mundial de Construtores, primeira vez que assume a ponta da tabela desde a última corrida de 2013, último ano em que conseguiu o título.
Ainda resta muito chão pela frente e os dois bons desempenhos de Checo podem ter sido circunstanciais pela má forma da Mercedes em circuitos de rua. Mas uma coisa o time de Milton Keynes pode crer: finalmente encontrou um piloto que consegue seguir o ritmo de Verstappen e tirar importantes pontos dos adversários.
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