A Williams andou falando, desde o ano passado, que o desenvolvimento do carro de 2016 apontava para uma direção bem diferente de seus dois sucessores. O FW38 foi apresentado no último dia 19, porém acabou frustrando quem esperava encontrar uma revolução total na aparência do carro. A maioria inclusive achou o bólido bem parecido com o anterior.
Mas será que é mesmo?
O novo carro do time de Frank Williams pode se parecer bastante com o utilizado pela equipe em 2015, mas se prestarmos atenção a alguns detalhes, veremos que existem diferenças pontuais. Não custa lembrar que, quando falamos do mundo da Fórmula 1, alterações de alguns poucos centímetros – ou até milímetros – podem significar um ganho (ou perda) significativo de performance. Por isso, vamos dar uma olhada em alguns detalhes do FW38.
A bela Williams Martini apresentada na sexta-feira mostrou uma asa dianteira muito, muito parecida com a utilizada ano passado. Isso pode significar três coisas: a equipe pode ter se sentido confortável com a asa que já possuía, pode não ter conseguido desenvolvê-la ou pretende encontrar uma direção para seu desenvolvimento ainda durante os testes de pré-temporada. A ver.
Essa é a diferença mais aparente que pode ser vista no FW38 em relação ao seu antecessor. O desenho das aberturas laterais do radiador da nova Williams são muito diferentes das utilizadas ano passado. Isso pode influenciar de forma muito significativa o comportamento do carro, em duas frentes.
A primeira, talvez a mais óbvia, diz respeito ao perfil aerodinâmico do bólido. O fluxo de ar que percorre o carro durante seu movimento deve ser bastante alterado com essa nova configuração. Se para melhor ou para pior, só saberemos, com certeza, em Melbourne.
Mas também podemos destacar uma possível alteração na arquitetura do carro no que tange a acomodação do motor. Com aberturas diferentes, a refrigeração do propulsor da Mercedes deve ser influenciada de alguma forma. Muito provavelmente esta alteração foi feita com base, não só dos dados de túnel de vento, mas também com informações fornecidas pela montadora alemã.
O novo carro da Williams também vem equipado com uma asa traseira ligeiramente diferente da anterior. Os suportes laterais da peça possuem um formato distinto, que podem alterar a pressão aerodinâmica do carro. Além disso, pequenas alterações no assoalho do bólido também estão visíveis. Tudo isso pode ser resultado do esforço do time inglês em encontrar desempenho em pistas molhadas e de baixa velocidade. A falta de downforce foi o principal ponto fraco da equipe nos últimos anos, inclusive culminando na criação de um grupo de trabalho para melhorar o carro nestas condições.
A Williams defende em 2016 o terceiro lugar do campeonato de construtores. A principal meta do time é garantir esta posição, e, quem sabe, conseguir encostar na Ferrari para também ameaçar a Mercedes.
O primeiro dia de testes mostrou uma relação de forças parecida com a do ano passado, porém, somente em Melbourne poderemos saber, com certeza, se a Williams acertou ou não na concepção do FW38, que é, sim, diferente de seus ancestrais.
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