A Fórmula 1 gerou polêmica entre seus fãs quando, em 2013, deixou de utilizar os antigos motores V8 de 2,4 litros, para receber a tecnologia híbrida.
Com esses motores híbridos V6 de 1,6 litros que incorporaram sistemas de recuperação de energia na temporada seguinte, a categoria deu o primeiro de muitos passos para se tornar mais verde. Desde então, a F1 anunciou planos de sustentabilidade para ter uma pegada de carbono líquida zero até 2030.
Os críticos disseram na época, que as unidades de potência mais silenciosas seriam o fim da Fórmula 1, mas, em vez disso, os seguidores da categoria cresceram nos últimos 10 anos.
Mas não é apenas no que diz respeito ao meio ambiente que a Fórmula 1 ganhou mais consciência social. Em 2020, a maioria dos pilotos começou a se ajoelhar no grid, antes das largadas, em uma luta contra o racismo e a discriminação, enquanto este ano a F1 adotou uma nova campanha chamada ‘Drive It Out’, em resposta aos crescentes incidentes de abuso online e em eventos.
Isso, juntamente com Lewis Hamilton e Sebastian Vettel falando sobre várias questões sociais, trouxe alguns detratores dizendo que a Fórmula 1 e o esporte em geral devem evitar a política.
“Adoro que eles odeiem”, afirmou Toto Wolff no Financial Times. “Desde que forneçamos um ótimo entretenimento, não os perderemos porque estamos usando motores híbridos ou carros menos barulhentos, ou os pilotos estão ajoelhados no grid.”
Há muito tempo se diz que política e esporte não se misturam, mas diga isso à África do Sul durante os anos de banimento do apartheid ou a Nikita Mazepin, que este ano perdeu sua vaga na Haas quando a Rússia invadiu a Ucrânia.
Os dois casos são exemplos extremos do esporte que defende o que é certo. E o que é certo deve sempre ser o entretenimento superior.
Como uma categoria que corre em vários países acusados de ignorar os direitos humanos, é ainda mais importante que os pilotos e as equipes se manifestem.
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