George Russell gostou da iniciativa da FIA e da F1, de substituir as zebras usadas em algumas curvas das últimas corridas, citando acidentes nas categorias juniores que deixaram alguns pilotos com lesões.
As zebras ‘salsicha’ na saída da curva um do Circuito das Américas, foram substituídas durante o fim de semana do GP dos EUA, após incidentes na referida curva. A piloto da W Series, Fabienne Wohlwend, foi lançada ao ar quando atingiu uma das ‘salsichas’ durante a corrida prévia na manhã do GP de F1.
Sua rival, Abbie Eaton, não pôde participar da corrida depois de sofrer uma fratura por compressão de sua vértebra T4. Eaton disse que sofreu o ferimento depois de bater em um ‘salsicha’.
“Eu escapei um pouco na curva e passei por cima de uma das enormes zebras ‘salsicha’ que me lançou no ar, causando uma fratura por compressão na vértebra T4”, escreveu ela nas redes sociais.
“Também descobri que um dos pilotos da F4 também fez o mesmo e teve exatamente a mesma lesão. Ridículo! Não há necessidade disso”, acrescentou ela.
Russell, diretor da Grand Prix Drivers Association (GPDA), disse que essas zebras não devem ser usadas se representarem um risco para os pilotos. “As zebras são colocadas lá para tentar definir os limites de pista, mas se isso vier à custa de lesões, e lesões que podem eventualmente mudar uma vida, então isso é inaceitável”, disse ele. “Portanto, é preciso haver uma solução melhor e mesmo um compromisso melhor, apenas uma solução que não seja perigosa. Mas nunca é fácil.”
Ele apoiou a decisão de mudar as zebras em Austin, e apontou que uma delas contribuiu para outro acidente durante uma corrida da Fórmula Regional Europa em Monza, no fim de semana seguinte, envolvendo Dino Beganovic e David Vidales.
“Globalmente, isso é algo que a F1 e a FIA realmente precisam examinar porque vimos outro incidente muito perigoso na Fórmula Regional em Monza”, disse Russell. “E isso é algo que a GPDA está realmente se esforçando para fazer melhorias, porque eu não sei quais foram as lesões exatas desses pilotos, mas acredito que alguém também fraturou uma vértebra e isso é inaceitável por causa de algo tão simples”, disse ele.
Outras zebras foram removidas do Autódromo Hermanos Rodriguez durante o fim de semana do GP do México entre as curvas um e três, e na curva oito. Falando no circuito, o diretor de corridas da FIA, Michael Masi, destacou que o desenho das zebras varia de pista para pista, e a adequação de cada uma é determinada de acordo com as circunstâncias.
“Tendo dado uma olhada aqui, foi determinado caso a caso”, disse ele. “Portanto, no resto do ano, vamos examiná-los caso a caso também. No México, a zebra da curva oito era muito simples por causa da velocidade da curva e assim por diante. Dando uma olhada na configuração da curva um e dois e na forma como está tudo o mais, foi decidido pela remoção, e foi o que aconteceu na quinta-feira.”
“Você precisa considerar tudo caso a caso, como sempre dissemos”, afirmou Masi. “São estilos muito diferentes. O que temos em Austin em comparação com o que tivemos no México, são duas coisas completamente diferentes. Então, você só precisa olhar para caso a caso, onde estão, como funcionam, e olhar para todo o cenário”, finalizou.
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