Oi pessoal,
Estou atrasado com a coluna e peço desculpas mas é que depois da corrida tive de pegar um vôo para a Indonésia para participar do lançamento da Honda 150 Unicorn e não deu tempo de escrever a coluna antes.
Bom já que comecei falando do evento, vamos lá. A Honda tem a sua maior fábrica de motos na Indonésia e esta fábrica produz mais de 3 milhões de unidades por ano. É impressionante e me convidaram para participar do lançamento da Honda 150 Unicorn, que é bem parecida com a que temos aqui no Brasil, mas com algumas pequenas diferenças: lá ela não tem partida elétrica como a nossa, a partida é no pedal. A Unicorn é monoshock, diferente da nossa que é bishock entre outras coisinhas. Todos os diretores e alto escalão da Honda estavam presentes e eu era o único piloto. Foi bastante interessante e cansativo porque depois do evento peguei outro avião para voltar à Barcelona onde vou ficar até terça treinando forte e depois viajar para o Japão.
O GP de Portugal
O final de semana foi muito difícil para nós porque no primeiro treino andamos muito bem e no sábado, com o treino na chuva de manhã e o seco à tarde a coisa complicou para nós. O acerto da moto já não estava funcionando como deveria e os tempos não vinham. No sábado à noite fizemos uma longa reunião com a equipe para decidir uma série de coisas e a mais importante delas era a escolha do pneu. O pneu. Trabalhamos o final de semana inteiro com um novo composto que a Michelin trouxe e foi muito duro acertarmos a mão dele porque eles esquentavam muito. Para isso tivemos que cortar a superfície do pneu no lado direito, porque era onde ele mais esquentava, mudar a regulagem dos amortecedores traseiros e ainda fazer ajustes na parte eletrônica. Depois de muito custo realizamos um fato inédito, conseguimos baixar em 27 graus a temperatura dos pneus. O normal seria 6 ou até 7 graus. Felizmente eles agüentaram bem durante a corrida mas eu quase nem consegui subir as escadas para o pódio, tamanho foi o desgaste da minha briga com o Sete.
Na verdade eu queria ter podido buscar o Tamada mas não tinha jeito então fiz o que podia para garantir o terceiro lugar. No meio da prova até reduzi um pouco o meu ritmo para tentar poupar um pouco o equipamento e no final foi tudo ou nada.
A corrida foi extenuante tanto física como mentalmente porque eu ouvia a moto do Sete logo atrás de mim e a minha concentração toda estava em não cair!
O resto foi só comemorar com a minha equipe, que trabalhou muito para subirmos a este pódio e com os patrocinadores que sempre nos apóiam.
Como disse no começo vou treinar muito estes dias antes do GP do Japão e espero ver vocês na inauguração da loja que deve estar abrindo no final do mês. O cocktail de inauguração vai acontecer provavelmente em novembro porque o Mundial terá acabado e eu estarei no Brasil.
Bom gente por hoje é só,
Um abraço a todos,
Alex Barros