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26 de agosto de 2005 20:15

Coluna Speedway: O charme foi embora, mas as empresas continuam

Por Fernando Santilli

Após minha estréia no site na semana passada, com a coluna “Até os turcos querem a F1” que por sinal, rendeu boas discussões em nosso fórum, e na Fórmula 1, mais uma vitória do FULANO, diminuindo assim a diferença pro BELTRANO, nesta semana não teremos nenhum GP, ficando no aguardo da semana que vem, para acompanhar o Grande Prêmio de Monza, na Itália, que todo ano proporciona grandes emoções aos telespectadores.

Pensei então: Vou resgatar um pouco de um passado não muito distante (a partir de 1990), considerando os principais acontecimentos da Fórmula 1 no aspecto de mudança de nome das equipes.

A Fórmula 1 sempre teve seu glamour e charme todo especial quando falamos em Lotus, Minardi, Jordan, Prost, Benetton entre outras. Sem contar que tudo isso passa ainda hoje por pistas que só a F1 poderia proporcionar caso este como o circuito de rua do principado de Mônaco.

O que víamos há poucos anos eram milionários, empresários cheio do dinheiro entrando neste esporte caro e de espelho mundial que é a Fórmula 1.

Grandes equipes foram criadas, dando um charme especial para a categoria, que, até então, não tinha uma participação forte por parte das empresas de motores. Então achar equipes com nomes de seus respectivos donos era algo mais normal.

E nesse meio, posso citar: Minardi, Jordan, Prost, Benetton, Stewart, Sauber, Lotus, Arrows, Ligier, Red Bull, McLaren e Williams.

Mas os anos se passaram, e essa magia está praticamente inexistente na Fórmula 1 moderna, dando espaço para as equipes de nomes de seus proprietários para as empresas do automobilismo, tais como: Ferrari, Jaguar (atual Red Bull), BMW, Toyota e Renault.

E nessa modernização na Fórmula 1, poucas sobrevivem até os dias de hoje, casos da Red Bull que entrou para a categoria este ano, a Jordan, que foi comprada por um grupo de empresários e se tornará Midland nos próximos anos, a Sauber recentemente adquirida pela BMW, Minardi que está sempre disputando os GP’s sem chances de vencer, mas com o prazer de competir, e principalmente a escuderia de Frank Williams que leva o seu nome, e, é atualmente a escuderia de nome da antiga F1 que sobrevive na nova fase deste esporte a motor.

Mas será que essa modernização não fez mal para a Fórmula 1? Antigamente torcíamos para Stewart, Ligier, McLaren, dentre outras mencionadas acima. E hoje, torcemos pela empresa automobilística? Sim, creio que sim: BMW, Toyota, Honda, Mercedes e Renault.

Talvez o charme da antiga F1 por parte dos torcedores terem uma equipe em especial tenha deixado de existir, mas em tempos modernos, não podemos deixar de falar que apesar dessa mudança na principal categoria do automobilismo, fato é que estas empresas do setor sempre estiveram por detrás das equipes produzindo e fornecendo motores. Hoje, elas só começaram a fazer a outra parte da história.

Antes, somente coadjuvantes com fornecimento de motores, hoje, acionistas de suma importância para a sobrevivência da categoria.

Exceções a parte, podemos concluir que a Fórmula 1 hoje quem manda são as empresas, e nomes de tradição como Williams é uma mera ilustração no cenário do esporte onde quem manda pra valer é quem foi no passado “apenas” fornecedores de motores.

Lembrando, a coluna Speedway é publicada semanalmente toda sexta-feira.

Um abraço e até a semana que vem.

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