Coluna do Moneytron Onyx: Com a faca e o queijo na mão

Por Leandro Kojima

Se tem um indivíduo que não tem com o que se preocupar hoje na Fórmula 1, esse indivíduo é alemão e se chama Michael Schumacher. Como assim? Seu carro não está ruim? Ele não sabe que tem um outro indivíduo, Alonso, que está dominando na Fórmula 1? O caso é que Fórmula 1 não é só dentro da pista. E fora dela, Schumacher realmente não tem com o que se preocupar.

O contrato de Schumacher com a Ferrari termina esse ano, o que não quer dizer muito. A Ferrari não quer saber de perdê-lo para outras equipes. Ele só sai de lá pra ir jogar futebol e golfe com os amigos. E que outras equipes. A Toyota vende até a mãe para ter seu passe. Idem para a Red Bull. A Renault também aparece como candidata. Imagine só, Schumacher voltar a correr para Flavio Briatore, que nesse momento tem o melhor carro do mundo. E até mesmo a McLaren, que vai trocar sua dupla. Só pra lembrar, o plano da Mercedes na F1 nos anos 90 era deixar Schumacher aprendendo F1 na Benetton para depois levá-lo para sua equipe, o que acabou não acontecendo.

Fora que, apesar da explosão de Alonso, Schumacher pode dormir tranqüilo com todos os seus recordes e glórias. Ninguém está perto dele hoje. Os que podem chegar lá são Alonso e Raikkonen, mas nenhum deles pode garantir se ficará tanto tempo em alta como ficou Schumacher. Seu recorde dura mais uns aninhos. E, se ele permanecer algum tempo na Fórmula 1 ainda, continuará respeitado como piloto top, como um dos maiores da história. Pode bater, pode andar na contra mão, pode fazer o que quiser, que ninguém poderá contestar sua competência.

A verdade é essa: Schumacher é o rei ainda. A Fórmula 1 2007 (e o destino e o emprego de muitos pilotos) depende da sua vontade de continuar correndo. Ele vai pra onde quiser, que os tapetes vermelhos aparecerão em qualquer lugar. Ele está com a faca e o queijo na mão. A Fórmula 1, apesar de tudo, ainda é dele.