Coluna do Gustavo Foizer: Um fim de semana que poderia ter sido melhor

“Corrida em Vitória. Nossa, é complicado, vocês não têm idéia!”

Para começar, vou falar um pouco sobre como é o esquema de corrida de rua e tudo o que envolve o evento. Primeiramente, a pista só é fechada na sexta à noite, para que os treinos aconteçam somente no sábado. Por um lado isso é bom, mas por outro é ruim. O lado bom é que de uma em uma hora estamos na pista andando, porque todos os treinos passam para o mesmo dia, e isso é super legal. O lado ruim é que ao invés de serem três treinos livres, antes da tomada de tempos para o grid de largada, o pessoal da organização reduz para dois treinos livres, o que acaba prejudicando todos os pilotos. Mas não tem sensação melhor do que correr pertinho do público. É simplesmente uma coisa inexplicável.

Em relação a minha performance, o final de semana começou dentro das expectativas, mas no primeiro treino livre eu não fui tão bem, fiquei andando o máximo que pude, só para reconhecer novas partes da pista, que eu não conhecia (o traçado foi mudado este ano).

No segundo treino livre, eu não consegui passar o meu melhor pneu, como todos os pilotos conseguiram, e acabei ficando um pouco atrás, mas ainda tínhamos a classificação pela frente, que era o mais importante.

Na classificação, comecei no caminho certo depois de colocar o meu primeiro jogo de pneu novo, estava com a oitava colocação e tinha feito um tempo razoável para largar entre os 15 primeiros. Para o segundo jogo de pneus, eu tinha de arriscar para poder largar entre os cinco primeiros no grid. Na rua é o seguinte: Se não arriscar, o tempo não vem, então eu arrisquei tudo na minha última tentativa. Saí dos boxes, abri a minha volta rápida, fiz a primeira parte do circuito muito forte e cheguei muito rápido na curva do hotel, onde perdi a freada. Foi um erro meu, reconheço. Essas coisas acontecem, mas só de vez em quando. Resultado: 15º no grid de largada.

No domingo, momentos antes da corrida começar, todos estavam de pneus slick (lisos), inclusive eu, mas na hora em que subiu a placa de 30 segundos para irmos para a volta de apresentação, São Pedro não perdoou e começou a chuviscar. Subiu a placa de largada atrasada e a equipe trocou meus pneus por outros de chuva (todos os pilotos no grid trocaram). Quando finalizamos a troca, eu olhei para o céu e vi que o tempo estava abrindo, então pedi para largar de slick. Mas como não dava mais tempo, larguei com os pneus de chuva mesmo.

Larguei em 15º e fiz uma boa largada, e como em corridas de rua sempre sai muitas batidas, aproveitei a primeira entrada do safety car para trocar os pneus do meu carro por pneus de pista seca (slicks). Caí para a última colocação e comecei uma boa prova de recuperação, chegando ao final da corrida em oitavo, após muitas bandeiras amarelas e entradas do safety car, devido aos acidentes. Não fiquei muito contente, mas até o final da temporada melhores resultados virão, com certeza. Um abraço a todos e muito obrigado. Voltarei a escrever após a corrida de Campo Grande! Até lá!