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8 de janeiro de 2004 14:42

Coluna do Rafael Ligeiro: E para variar, meu TOP10 – Parte 2

Essa é minha primeira coluna em 2004. E já começo o ano pedindo desculpas, pela demora na publicação da segunda parte de meu TOP-10. Após receber milhares de e-mails de leitores pedindo, freqüentes telefonemas do pessoal desse site, os seis melhores de 2003 estão aí.

6º Mark Webber: Interlagos, treino livre da sexta-feira. A torcida presente no circuito paulistano vai ao delírio quando Rubens Barrichello anota a pole provisória. Restava somente Mark Webber e o posto parecia garantido. Parecia. Conduzindo de maneira soberba, Webber surpreendeu a todos e bateu o tempo do brasileiro. Por apenas 30 décimos de segundo o feito não se repete no dia seguinte, durante a sessão classificatória.

Mark Webber foi o melhor piloto das equipes intermediárias em 2003. Além de rapidez nas sessões classificatórias – largou sete vezes entre os dez primeiros colocados –, o australiano também mostrou-se dono de um estilo racional durante as corridas. Com isso tornou-se um assíduo freqüentador das primeiras posições, pontuando em oito das dez corridas que concluiu. Desde o início da temporada, caiu no gosto dos dirigentes do time de Milton Keynes e tornou-se o número um. Algo fundamental num time que, como diz um colega, “só faz um carro andar bem”.

5º Juan Pablo Montoya:. Falhou e não aproveitou o carro que tinha em mãos na fase final do campeonato, mas fica com o posto porque foi valente nos combates contra os adversários. Além disso, superou o companheiro de Williams, Ralf Schumacher.

4º Rubens Barrichello: Embora o quarto lugar tenha ficado abaixo das expectativas do exigente torcedor brasileiro, Rubens Barrichello mostrou que continua em franco crescimento profissional. Mesmo com um carro inferior ao F-2002 (com o qual foi vice-campeão, em 2002), Rubinho fez excelentes corridas, como no Brasil. As vitórias em Silverstone e Suzuka foram extremamente convincentes, obtidas com uma supremacia fantástica. Mais que isso, obteve marcas significativas em treinos. Além de três pole positions, o paulistano superou Schumacher em quatro sessões consecutivas e, de quebra, foi em média 115 milésimos mais veloz. “Pequeno” detalhe: isso nunca havia ocorridos nos 13 anos de carreira do alemão. Bem mais maduro que em outrora, evitou polêmicas e superou bárbaras situações de bastidores, como a acusação de ter sido o responsável pela quebra de suspensão que resultou em seu abandono prematuro no GP da Hungria. Acusação ridícula e errada da cúpula ferrarista.

3º Fernando Alonso: O maior nome do automobilismo espanhol dos últimos tempos simplesmente assombrou àqueles que acompanham Fórmula 1. Desde 2001, quando estreou na categoria pela Minardi, era evidente que Alonso tratava-se de um piloto especial. Mas somente na temporada passada, com o competitivo modelo R23 da Renault, pôde traduzir seu talento em resultados. Fernando simplesmente pulverizou o companheiro de equipe, Jarno Trulli. Com exceção feita aos treinos – terminou o ano empatado com Trulli, o piloto de 22 anos conseguiu os melhores resultados da equipe francesa. Foram quatro pódios, duas poles, uma melhor volta, além da vitória no Grande Prêmio da Hungria. Seus 55 pontos renderam o sexto lugar no mundial de pilotos.

Rápido e raçudo, Alonso está no rumo certo para obter o “estrelato” da Fórmula 1. Isso para alegria da legião “Alonsomaníaca”.

2º Kimi Raikkonen: Apesar de cometer diversos erros, especialmente nas sessões de classificação, Kimi Raikkonen foi o piloto da jovem safra que mais brilhou em 2003. Constante da primeira até a última etapa do ano, Raikkonen obteve números impressionantes. Além de liderar o campeonato durante seis etapas (perdendo somente para Schumacher, que ponteou nove), “Ice Man” foi o piloto que obteve o maior número de pódios (10) e segundo lugares (sete) no ano. Com tamanha regularidade, Kimi levou o campeonato indefinido até a última etapa, em Suzuka, algo que não acontecia desde 1999. Um mérito considerável levando-se em conta o adversário, um “tal” hexacampeão…

Ainda bastante jovem e, consequentemente, com muitos anos de F-1 pela frente, Kimi ganhará maturidade e irá se tornar um nome a ser batido na Fórmula 1.

1º Michael Schumacher: Apesar dos espetaculares desempenhos de Raikkonen e Alonso, da valentia de Montoya e da evolução de Barrichello, Schummy merece o primeiro lugar desse modesto TOP-10. Por quê? A resposta é simples. Em 2003, Schumacher calou a boca daqueles que acreditavam que as alterações no regulamento fariam com que o caneco mudasse de mãos. É bem verdade que o alemão cometeu diversos erros – como na decisão, em Suzuka – e o hexa foi conquistado com muita dificuldade. Mas frieza e experiência foram fatores fundamentais para a conquista do alemão. Mostrou “poder de reação” para superar situações adversas e, principalmente, competitividade suficiente mesmo com um equipamento que nem sempre fazia frente aos carros de Williams e McLaren.

Mesmo aos 35 anos, esse alemão ainda tem talento “de sobra”…

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