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14 de junho de 2011 12:09

Coluna do Joly: O dia em que a asa móvel foi desnecessária

Por Luís Joly

O Grande Prêmio do Canadá mostrou algumas coisas para a Fórmula 1. Primeiro: pista boa rende boa corrida e ponto. É assim com Interlagos, Spa, Montreal, Nurburgring, Istambul…não é assim com Barcelona, Melbourne, Abu Dhabi…não tem segredo. E, quando a pista e boa e ainda chove (muito), o resultado passa a ser totalmente imprevisível.

Foi uma corrida de tirar o fôlego. Diante desses fatores, as artimanhas de Bernie Ecclestone criadas para aumenta as ultrapassagens este ano mal foram sentidas. Pelo contrário, foram desnecessárias. Michael Schumacher tinha tudo para alcançar seu primeiro pódio na categoria. Mas, com o subterfúgio da asa móvel, Mark Webber e Jenson Button passaram por ele tão facilmente na reta que foi simplesmente impossível qualquer forma de defesa. Pena, foi uma das melhores corridas do heptacampeão.

Também podia ter sido a corrida de Felipe Massa. O brasileiro foi mais rápido que Alonso em parte dos treinos e na corrida. Mas, infelizmente, saiu do trilho seco com pneus lisos, e aí o carro escapou. Fez uma chegada de arrepiar com o valente Kobayashi, da Sauber.

E Alonso? Prova discreta, sem brilho. A corrida acabou cedo, depois de uma disputa na pista com Button – sim, justamente Button, de quem não se esperava muita coisa.

Afinal, no papel o show deveria mesmo ser de Lewis Hamilton. O mais famoso seguidor de Ayrton Senna deveria estar vibrando com a pista molhada. Claramente rápido, foi atabalhoado na tentativa de passar por Webber (“Lewis devia estar achando que a corrida tinha só três voltas”, brincou o australiano). Também não conseguiu passar por Schumacher, em uma precipitada tentativa na curva mais lenta da pista. E, por fim, o erro absurdo ao arriscar-se com o próprio companheiro Jenson Button. Saiu da prova e deve ter ficado bastante irritado consigo mesmo. Surgem rumores que a McLaren estaria começando a ficar impaciante com ele. Eu não acredito – ainda.

Sem Schumacher, Alonso, Webber, Hamilton e Massa, a inspiração sobrou para Jenson Button mesmo. O inglês fez uma pressão psicológica tão forte em Vettel que, quem diria, tirou a vitória do alemão. Se Vettel não tivesse rodado, será que a ultrapassagem teria acontecido? Talvez. Mas jamais saberemos.

RETA OPOSTA

Rubinho e os pontos

Foi uma corrida discreta, mas o brasileiro aproveitou-se da confusão canadense para chegar à zona de pontuação de novo. Pena que estamos falando da Williams…

Organização

Excelente a organização da corrida. Duas horas de atraso, mas ainda assim a corrida aconteceu e foi muito boa. Quem se lembra de como foi aqui em São Paulo, na Indy?

F1 2011

O game mais esperado dos últimos tempos foi confirmado para 22 de setembro deste ano. E as mudanças não serão poucas, garantem os criadores. A começar pelas regras da asa móvel e KERS, que estarão lá. É esperar e preparar o bolso.

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