Por Sérgio Tarcitano
O equilíbrio entre os carros trouxe de volta a emoção da disputa pela vitória. Porém, o desequilíbrio nos treinos (RBR fez todas as poles neste ano), e no campeonato continua, pois Sebastian Vettel ainda tem muita gordura para queimar até o final da temporada. Inclusive, as disputas acirradas, com alternância de vencedores, das últimas etapas favorecem ao piloto alemão e dificilmente mudará o resultado final do campeonato (disse dificilmente…).
É fato que o líder do campeonato não venceu as últimas 3 corridas. Mas, matematicamente ele não precisa mais vencer. E, continuando a alternância de vencedores, é só o alemão ir somando uns pontinhos e administrar a conquista do bicampeonato. Alias, já foi assim em 2009 com Jenson Button, que venceu 6 das 7 primeiras provas do ano e passou a segunda metade da temporada capengando. Deu chances até para a reação de seu companheiro de equipe, na época, Rubens Barrichello, de chegar ao final do campeonato disputando o título.
Este ano não acredito em reação milagrosa, pois a vantagem de Vettel é muito grande. O segundo colocado no campeonato, Mark Webber, companheiro do piloto alemão, tem 149 pontos contra 234 do líder. E mesmo que vença as 8 corridas que ainda restam para o fim da temporada, o bicampeonato pode ser confirmado por Vettel apenas chegando em terceiro. Nem precisa chegar colado no vencedor. Um terceiro lugar em todas as provas garante o título para Vettel.
Só nos resta, então, torcer pelo equilíbrio… E, para que o campeonato cheque no Brasil com o título ainda indefinido, pela quebra de Vettel em algumas provas…
Neste final de semana temos (nós brasileiros) um motivo a mais para acompanhar o GP da Bélgica. Bruno Senna confirmou sua participação no GP na vaga de Nick Heidfeld. Como faz tempo que não torcemos por vitórias… Então, que Bruno consiga se firmar na equipe, que Rubinho consiga renovar seu contrato com a Williams e que Massa consiga andar na frente de Alonso… É só o que podemos esperar.