Por Luís Joly
O campeonato já acabou, pelo menos matematicamente, para o campeão. Sebastian Vettel chega ao segundo título consecutivo. É, assim, junto com Fernando Alonso, o maior campeão na geração que começou a correr no século passado.
As comparações de Vettel com Michael Schumacher são inevitáveis. Além da óbvia nacionalidade, há uma aparência até física. Mas há outras: assim como Michael, Sebastian amadureceu bastante entre o primeiro e o segundo título. Outra comparação também existe: atualmente, Vettel é algo parecido com o que era Ayrton Senna no fim dos anos 1980.
Mas com outra cara. Enquanto Senna mantinha a determinação e uma competitividade extrema, Vettel é simplesmente rápido. Durante toda a temporada, foram raros os momentos em que ele foi exposto a situações adversas. Sua fórmula de largar na frente e manter a ponta funcionou como nunca neste ano.
A atual geração que corre na Fórmula 1 está madura. Michael Schumacher personificou uma época que substituiu a de Senna, Prost & Cia. Personificou e dominou. Entre 1994 e 2004, foram apenas quatro campeões, com um amplo domínio do alemão. A partir de 2005, com o primeiro título de Alonso, começou a se formar uma nova turma. O asturiano e Lewis Hamilton rapidamente mostraram que seriam os protagonistas. Massa tentou, mas jamais convenceu. Räikkönen foi um Keke Rosberg. Button conseguiu um lugar ao sol. E então veio Vettel. Na equipe certa no lugar certo. Uma máxima tão velha quanto a própria F-1, mas eternamente real.
A temporada de F-1 foi emocionante. As brigas entre Hamilton e Massa, as tentativas de Alonso, as confusões de Schumacher, os shows de Button, tudo foi muito bom. Mas Vettel pouco viu disso. A supremacia dele torna a combinação de seu talento com a inovadora Red Bull algo quase imbatível. Em 2011, certamente foi. Será que Ferrari e McLaren, as equipes velhas, conseguem criar uma fórmula para combater a juventude e o frescor da dupla energética da RBR?
RETA OPOSTA
Ah, Rubinho…
Tantas foram as vezes que escrevi de Rubens Barichello aqui. Enfim, parece que sua aposentadoria está chegando. Pela primeira vez, ele cogita a ideia. Isso, pelo jeito, é sinal que ele realmente não está cheio de opções na manga.
Ah, Massa…
Mas que fase do brasileiro. Não acho que ele seja o culpado na mais recente confusão com Hamilton. A curva simplesmente não permitia uma ultrapassagem e Hamilton arriscou mesmo assim. Não funciona desse jeito.
Ah, Senna…
Após um início surpreendente, Senna vem perdendo terreno. Na Índia, fez uma boa corrida, mas acho que os engenheiros já questionam se ele é o melhor nome para o time. Felizmente, o brasileiro tem os patrocinadores, o que pode ajudar na sua permanência em 2012.
This website is unofficial and is not associated in any way with the Formula 1 companies. F1, FORMULA ONE, FORMULA 1, FIA FORMULA ONE WORLD CHAMPIONSHIP, GRAND PRIX and related marks are trade marks of Formula One Licensing B.V.