Por Felipe Pires
Olá leitores do F1Mania! Recentemente comecei a trabalhar como redator de notícias do site, e vocês já devem ter lido algumas notícias de minha autoria. Agora escreverei uma coluna, que eu espero que seja semanal. Hoje apenas falarei mais sobre mim e sobre a tensão da largada de uma corrida, pois, em parte, essa é a minha situação.
Chamo-me Felipe Pires, moro no interior de Minas Gerais e gosto de corridas desde que me conheço por gente. Estudo por necessidade, escrevo sobre automobilismo por diversão. Eu queria ser piloto mais não posso porque tenho 1,95m. Frustrado? Nem um pouco, afinal encontrei minha forma de participar do esporte a motor.
Geralmente, todos os pilotos ficam com os nervos a flor da pele nos momentos antes da largada (bom, vai ver que o Kimi Raikkonen não!). Depois de marcar tempo nos treinos classificatórios e acertar o carro, é hora de sair com o mesmo para alinhar no grid de largada. Ainda no motorhome o piloto entra no bólido e com a ajuda de mecânicos se ajeita lá dentro enquanto é preso ao cinto. Os boxes abrem e lá vai o carro em direção à pista. O piloto toma todo cuidado para não se acidentar e vai conversando com a equipe para checar se tudo está certinho. Aí ele para na reta de largada com o carro em sua posição de saída. Rapidamente os mecânicos ajudam-no a sair do bólido enquanto ele tira capacete, luvas e afins. Vai ao banheiro, conversa com um piloto amigo, com seu engenheiro e volta ao carro. Com capacete colocado e luva devidamente calçada só se pode pensar na estratégia para a largada e observar os mecânicos trabalhando duro. Está quase na hora. O piloto reza um pouco e lembra-se da sua família e do esforço feito para chegar ali. Os mecânicos saem de cena e inicia-se a volta de apresentação e suas coisas básicas: o aquecimento de pneus e o último teste do rádio até que o carro se alinhe no grid. Ali ele bebe um pouco de hipertônico e pensa se o piloto que largará na sua frente é bom em largadas ou não. Os pilotos que fecham o grid chegam. As luzes verdes se acendem e em alguns segundos eternos se apagam, enquanto toda a estratégia se perde, valendo apenas o talento e a agressividade do piloto. Também pouco se pode pensar com o coração disparado. Ali pode se iniciar uma corrida fantástica que colocará o piloto na briga pelo título ou uma corrida esquecível, que pode arruinar a possibilidade de alçar o título mundial.
Acredito que na Indy deve haver pouca diferença em questão de tensão. Depois de arranjar um tempo para largar e ajeitar nos boxes o piloto sai com o carro seguindo o Safety-Car. Duas ou três voltas para aquecimento dos pneus e nessa última já se sabe que o carro de segurança sai de cena e a corrida vai começar. O carro de segurança some e já se pode acelerar. O coração dispara e a corrida se inicia… Ah! A emoção do automobilismo!