Por Felipe Pires
Recentemente, foi confirmada a participação de Jean Alesi nas tradicionais 500 Milhas de Indianápolis, Indy 500 para os mais Íntimos. Só que mais recentemente ainda sua participação na prova foi cancelada.
Voltemos um pouco no tempo. Dany Bahar, o presidente da Lotus, já na F-1 com a Lotus preta e dourada, tentava levar sua marca para fornecer motores a Fórmula Indy. Conseguiu, é verdade mais os motores saíram atrasados e ruins. Não vou entrar em mais detalhes porquê já escrevi uma coluna sobre isso, logo a segunda, que vocês podem ver lá em cima.
Algumas equipes ficaram sem motor, e a Lotus começou a liberar algumas do contrato. No meio de tudo isso, estava a Newman-Haas, tradicional equipe que tentava apenas correr a Indy 500. A Lotus tratou de colocar Jean Alesi, seu embaixador no carro da equipe, e em tese, iria fornecer os motores a Newman-Haas.
Ai, a equipe de Paul Newman já não estava muito feliz com os propulsores ingleses, e com os pacotes técnicos atrasados cancelou a participação na prova. E Alesi o que faz da vida agora?
Alesi, só irá conseguir correr se a Lotus colocar um carro extra no grid. Mas se a mesma Lotus não consegue nem levar os motores as equipes corretamente, e quando os levam, os propulsores estão ruins e fracos, como ela vai tentar arrumar um carro e colocá-lo no grid? Sem contar é claro, que por causa dessa “treta” que o Bahar arrumou a Lotus passa por problemas financeiros.
Além de perdermos a possibilidade de ver Jean Alesi, 41 anos, entrar pela primeira vez em um carro de F-Indy, perdemos a oportunidade de ver a Haas ao menos uma vez nesta temporada. E claro, a Indy sai perdendo com isso, pois agora são exatos 33 carros para a corrida. Adeus Bump-Day.
O Bump-Day, é um dia de desespero onde todos tentam assegurar um lugarzinho no grid. Logo, é muito bacana, faz parte da Indy 500. Ai chegamos ao ponto principal. Se a corrida já teria 34 carros, com essa desistência da Newman-Haas teremos 33. O numero exato da largada. A coisa fica mais dramática quando pensamos que apenas 31 tem garantia de que vão entrar na pista, pois tem pacote técnico. Logo a Indy poderia passar um vexame, pois desde 1947 a Indy 500 não tem menos de 33 carros. Chegamos pertinho em 1979 e1997, com 35, mais nunca, jamais menos de 33.
Essa desistência mexeu com a estrutura das 500 Milhas, pois não teremos a Newman-Haas, equipe tradicionalíssima, corremos o risco de vermos uma largada com menos de 33 carros, e se nenhuma equipe correr e entrar nos treinos não veremos Bump-Day. E parte disso é culpa de Bahar, que foi precipitado ao ponto de sofrer escassez de motores.
Em minha opinião, essa série de fatores, que tem pseudo-prejudicado a prova no circuito de Indiana. Podemos ter uma prova fantástica e espetacular, como manda o figurino e podemos ter o contrario disso. Pode ser que tudo isso que está acontecendo não passe de alguma tensão para a prova. Ou não.