Coluna do Helinho: Indy 500 – Segurança em primeiro lugar

<b>Coluna do Helinho</b>: Indy 500 - Segurança em primeiro lugar

Olá amigos, tudo bem?

Depois de toda a tensão que a gente viveu na semana de preparação para o Qualifying e as mudanças determinadas pela IndyCar, a categoria conseguiu cumprir a classificação no domingo passado, sem incidentes. Uma pena que, já na segunda, um acidente muito forte com o James Hinchcliffe levou o canadense para o hospital e, infelizmente, ele estará fora da corrida. Mas a boa notícia é que se recuperará e logo estará com a gente novamente.

Como vocês se recordam, o meu acidente e o do Josef Newgarden deixaram todos nós com a “orelha em pé”, mas foi o do Ed Carpenter, na manhã de sábado, a “gota d’água” para que mudanças acontecessem. Os fabricantes dos kits aerodinâmicos disponibilizaram para as equipes uma versão de corrida e outra de classificação. Além disso, houve um ganho de potência da ordem de 40cv, tudo isso previsto pelo regulamento.

Esse pacote permitiu que fôssemos realmente muito rápidos. No mesmo treino que o Carpenter bateu, eu fui o mais rápido com 375 km/h de média. Isso representou a volta mais rápida em Indianapolis neste século 21 e a mais rápida dos últimos 19 anos. Isso também ajudou a direção de prova a decidir pelas mudanças.

O que chamou a atenção de todos não foram os acidentes propriamente ditos, pois num oval como Indianapolis eles podem acontecer. O diferente na história toda foi a reação dos carros. Nos três casos eles decolaram e capotaram. Foi por isso que a IndyCar limitou o uso de apenas um único kit para classificação e corrida, além de tirar essa potência extra. Houve, sim, uma perda de velocidade média, qualquer coisa em torno de 13 km/h, mas eu apoio 100% as medidas porque tem a ver com segurança, que é a grande prioridade da categoria.

No caso do James a situação foi diferente. Aparentemente houve uma quebra mecânica e ele bateu forte no muro. Suas pernas foram atingidas por pedaços do carro e foi preciso uma cirurgia de emergência.

Para uma corrida tão longa como a de Indianapolis, largar em 5º não está nada mal e o ponto positivo foi o equilíbrio demonstrado pelo Shell V-Power Nitro+ Team Penske Chevrolet #3. Minhas voltas foram praticamente idênticas. Eu tenho certeza que a equipe Penske vem forte para a corrida. Conseguimos colocar três carros nas duas primeiras filas e isso é uma amosta do que a gente pode fazer.

Na segunda-feira fizemos o nosso penúltimo treino livre e depois iniciamos uma série de ações para promover a corrida. Nossa última atividade de pista antes da corrida será na sexta, 22, com o Carb Day e a tradicional competição de pit stop. Em meio a isso tudo são várias as atividades promocionais. No sábado teremos a Indy Parade, pelo centro de Indianapolis e, no domingo, a partir das 13h00 (BRA), a 99ª edição da Indy 500.

Forte abraço e espero estar aqui na semana que vem com boas notícias sobre a corrida. Vamos que vamos!​

O F1 MANIA integra o grupo de veículos de comunicação, em língua portuguesa, que publica semanalmente a coluna do piloto de Fórmula Indy Helio Castroneves, sob licença da Castroneves Racing, Miami, USA. Todos os direitos reservados. Contatos: [email protected]