Desde que nasci, há um pouco mais de 15 anos atrás, fui influenciado a assistir à Fórmula 1 pelo meu pai, espectador assíduo da categoria, aliás não só da categoria, mas do automobilismo em geral e, assim conseqüentemente, virei um apaixonado pelo esporte.
Com meu 1 ano e poucos meses de idade, sem saber falar muitas palavras, eu em frente à televisão todos os domingos pela manhã torcia: “Tenna! Tenna! Tã! Nã! Nã!”, foi assim que tudo começou.
Os anos foram passando e os títulos vieram para Ayrton Senna. Aos 5 anos, em uma manhã de domingo, aniversário da minha mãe, estávamos nós, eu, minha mãe e meu pai, em frente ao televisor, assistindo à mais uma corrida da Fórmula 1, em um ano que acho que pela primeira vez vi quão grande era o movimento em Interlagos, já que eu comecei a morar ao lado do circuito. A primeira etapa deste mesmo ano foi aqui e Senna não foi bem como nossas expectativas. Bom, mas voltando ao 1º de maio que estava falando, a corrida não começou muito bem e logo depois de pouco tempo o Senna bateu. Para mim foi um choque, mas no momento não me passou nada, já que eu estava acostumado a ver batidas, minha diversão era alugar fitas em VHS de batidas durante corridas. Houve muita movimentação de médicos na pista, o helicóptero, coisa que eu nunca havia visto.
Terminado tudo isto, recomeçou a corrida e eu assisti a vitória de Michael Schumacher, mais uma das muitas que vieram nos anos que se sucederam. Todos nós fomos almoçar. Durante o meu almoço recebi a notícia de que o estado de Ayrton era grave – o meu maior ídolo estava à beira de um caminho sem volta. Horas depois veio a notícia, que aposto que ninguém queria ouvi-la.
No momento e nos poucos anos que sucederam a este fato eu aceitava com uma certa normalidade, sentia falta de ver ele na pista, mas acho que nada mais… Acho que talvez pela a minha idade eu aceitava a morte desta forma, apenas um sono que se acorda só quando Jesus voltar, de acordo com minhas crenças. Anos depois acho que a ficha caiu e o sofrimento tomou conta de mim, uma grande saudade desse piloto esplendido. Era só ouvir o Tema da Vitória que eu caia em lágrimas – assim foi nas vitórias de Rubens Barrichello, nas homenagens a Senna e na conquista da Copa do Mundo 2002, em que a Rede Globo tocou a canção. Não só ouvir o Tema da Vitória, mas também ver matérias sobre ele, suas vitórias com aquela bandeira brasileira ao vento, sendo carregada por ele.
Desde pequeno, após a morte de Senna, comecei a colecionar diversas coisas sobre ele, como, por exemplo, pedaços de jornais, revistas (muitas foram publicadas dias depois de sua morte) e tudo que era do Senninha.
Comecei a colecionar a revista do Senninha desde o nº 0 até a última edição publicada, tive duas camisetas do personagem, sem contar em duas festas de aniversário que eu fiz questão que fosse totalmente decorada com este tema. Até hoje o edredom da minha cama é com os personagens da revista em quadrinhos e a pista de Interlagos, coisa de fanático mesmo. Sem contar no tapete que fica ao lado da minha cama e da colcha que às vezes uso para cobri-la, todas com o Senninha estampado.
Ayrton Senna e Senninha, ambos marcaram muito a minha vida, desde minha infância até os dias de hoje, e por que não para sempre? Acredito que sim! Acho que levarei esta paixão por todo o restante de minha vida.
Lamento ter visto tão pouco Ayrton Senna na pista, já que não lembro muito bem de suas corridas – o que eu mais lembro é da batida fatal.
Senna acabou influenciando-me para a criação da F1Mania.net e uma grande parcela de “culpa” de tudo isto aqui existir é dele.