Se preparando para seu segundo ano na Fórmula E, a Porsche realmente não tem muito do que reclamar de seu primeiro ano na categoria de carros elétricos: o oitavo lugar não foi exatamente uma posição ruim, levando a complexidade que foi o campeonato em decorrência da pandemia de COVID-19, e o fato de que suas concorrentes em ampla maioria, além da experiência adquirida de outras temporadas, são grandes montadoras.
Para o seu primeiro ano na Fórmula E, a Porsche optou por um dupla de pilotos que já tinha uma certa relação com a montadora. O experiente piloto alemão André Lotterer, que nos dois anos anteriores teve um bom desempenho na DS Techeetah sendo companheiro de equipe do bicampeão Jean-Eric Vergne (e sendo peça fundamental na conquista do piloto francês), e também contou com os serviços do suíço Neel Jani.
Logo no eprix de estreia, um resultado acima do esperado: um segundo lugar em Diriyah com Lotterer, resultado que o piloto alemão voltaria a repetir na primeira das seis provas finais disputadas em Berlim, na bolha criada pela categoria no Aeroporto de Tempelhof.
Com um bom desempenho, Lotterer terminou o campeonato em oitavo lugar com 71 pontos, 16 a menos do que o vice-campeão Stoffel Vandoorne. Se por um lado, este foi o terceiro ano do campeão mundial de endurance (WEC) e três vezes vencedor das 24 Horas de Le Mans sem vitórias na categoria, é possível dizer que pelo menos na equipe alemã, ele realmente será protagonista e está cada vez mais próximo do degrau mais alto do pódio.
Já Jani não teve o mesmo êxito. O piloto suíço disputou todos os onze eprix do campeonato, mas só conseguiu marcar pontos em um deles, justamente o penúltimo em Berlim ao terminar a prova em sexto lugar. Infelizmente para ele, isso não foi o suficiente para assegurar um lugar no time para a próxima temporada.
Para a sétima temporada, Lotterer terá como companheiro de equipe um compatriota: Pascal Wehrlein, ex-F1 que nos dois últimos anos correu pela Mahindra Racing e conseguiu alguns bons resultados, e por muito pouco (e por muito pouco mesmo, por poucos metros) não venceu o ePrix da Cidade do México em 2019.
Com a chegada de Wehrlein, a Porsche passa a ter uma dupla de pilotos tão boa quanto as principais equipes do grid, e a expectativa é de que a montadora alemã terá presença constante nos pódios. Ambos os pilotos são rápidos e estão cada vez mais próximos de vencer na categoria, portanto, é possível esperar um desempenho melhor do que o que foi visto no campeonato passado.
Nome da equipe: Tag Heuer Porsche
Retrospecto da Porsche na Fórmula E: 11 eprix e 2 pódios
Dupla de Pilotos: André Lotterer (ALE) e Pascal Wehrlein (ALE)
Retrospecto de André Lotterer: 36 eprix e 6 pódios
Retrospecto de Pascal Wehrlein: 17 eprix e 1 pódio