Um dos carros mais rápidos da temporada passada, a BMW Andretti se prepara para o seu último campeonato na Fórmula E, já que anunciou no final do ano passado que não continuará na categoria de carros elétricos após o final da sétima temporada.
Com isso, a Andretti voltará as origens, mais especificamente ao que era nas três primeiras temporadas na Fórmula E, antes de firmar uma parceria técnica com a BMW. Foi a partir da união entre as duas que os bons resultados passaram a fazer parte do cotidiano da equipe na categoria.
Logo no primeiro eprix da BMW Andretti como equipe de fábrica na Fórmula E, veio a vitória com Antonio Félix da Costa. Uma segunda vitória na prova seguinte poderia muito bem ter acontecido, se o piloto português e seu companheiro de equipe Alexander Sims não batessem disputando a liderança e desta forma, transformar a dobradinha em decepção.
Ainda assim, foi um primeiro ano que deixou no ar que um novo time candidato a títulos havia chegado no grid. Na sexta temporada, Antonio Félix da Costa deixou a BMW e foi para a DS Techeetah, enquanto para o seu lugar chegou o jovem alemão Maximilian Günther.
Outra vez o início foi animador: Alexander Sims venceu em Diriyah e anotou três poles consecutivas (contando a que foi conquistada na última prova do quinto ano). Günther venceu em Santiago, se tornando o mais jovem vencedor da história da Fórmula E, e quando o campeonato foi paralisado por conta da pandemia de COVID-19, tanto ele quanto Sims, eram candidatos ao título.
Mas, a DS Techeetah dominou os seis ePrix decisivos em Berlim, e enquanto a BMW Andretti teve que ver seu ex-piloto conquistar o título, Sims anotou apenas três pontos, enquanto Günther até venceu novamente, mas foram os únicos 25 pontos que ele anotou no Festival de Berlim. Apesar disso, foi o melhor ano da equipe no que diz respeito a vitórias: três vezes no degrau mais alto do pódio.
Para a 7ª temporada, a BMW Andretti manteve Maximilian Günther como sua principal esperança, já que Alexander Sims optou em correr pela Mahindra. O jovem piloto alemão fez um bom campeonato e é visto por muitos com um dos mais rápidos do atual grid. Independente do que será o futuro da Andretti após o término da parceria com a montadora alemã, qualquer futuro que se possa imaginar com certeza vai partir do principio de contar com os serviços de Günther.
O companheiro de Günther será o britânico Jake Dennis, que teve como resultado recente na carreira um 17° lugar na temporada 2019 da DTM pela Aston Martin, em um ano em que o seu melhor resultado foi o sexto lugar no GP de Zolder. Ainda assim, a BMW acredita no potencial do piloto de 25 anos.
Se seguir a lógica dos dois últimos anos, a BMW Andretti com certeza terá um carro rápido nas mãos, e que vai dar muito trabalho as rivais no quesito “velocidade pura”. O que pode pesar contra, é o fato do jovem Günther ser o piloto principal, já que a alemão ainda comete erros inexplicáveis em alguns eprix. Quanto a Dennis, é torcer para que ele consiga se adaptar ao Gen2 o mais rápido possível para poder auxiliar a equipe, já que os demais times formaram duplas fortes.
Nome da equipe: BMW i Andretti Motorsport
Retrospecto da BMW Andretti na Fórmula E: 69 ePrix, 4 vitórias e 14 pódios
Dupla de Pilotos: Maximilian Günther (ALE) e Jake Dennis (GBR)
Retrospecto de Maximilian Günther: 21 ePrix, 2 vitórias e 3 pódios
Retrospecto de Jake Dennis: estreante