As saídas de Audi e BMW da Fórmula E após a próxima temporada colocou duvidas na cabeças de muitos fãs do automobilismo em torno do futuro da categoria de carros elétricos. Mas de acordo com uma entrevista do CEO Jaime Reigle para o site Autosport, não há motivos para preocupação: novos interessados em fazer parte do grid, surgiram nos últimos dias.
Logo no início da semana de testes de pré temporada em Valência, Audi e BMW anunciaram que a sétima temporada serão o último ano em que as duas montadoras alemãs estarão no grid da Fórmula E. Apesar do “golpe”, a Fórmula E recentemente anunciou o interesse da McLaren em ingressar na competição a partir da temporada 2022-23, e boatos dão conta que a Alpine pode formar uma equipe com o Lotus na categoria.
“O interessante é que há essa narrativa sobre o que significa a saída de BMW e Audi para a Fórmula E, mas, do meu ponto de vista, tem sido interessante”, declarou Jamie Reigle para o site Autosport.
“Temos conversado com outras fábricas que dizem ‘ei, historicamente nós encaramos desafios para entrar na Fórmula E por causa do investimento necessário para fazer o trem de força, nível de competição no grid e habilidade para competir com a quantidade de fábricas que já estavam lá.”
O interesse de outras montadoras e equipes independentes em competir na Fórmula E sempre foi reforçado pelo antigo CEO e fundador da Fórmula E, Alejandro Agag. O que deixou em duvida o futuro da categoria foi a atual crise pela qual as montadoras estão passando por conta da pandemia de COVID-19, e as dificuldades encontradas pela FE para realizar etapas do campeonato (até o momento, a sétima temporada tem confirmada apenas a rodada dupla em Diriyah nos dias 26 e 27 de fevereiro).
Porém, Reigle faz questão de deixar claro que apesar de não ser uma noticia agradável a saída de Audi e BMW da categoria, ao mesmo tempo isso abriu novas possibilidades para o futuro da categoria.
“Nunca que eu poderia dizer que estou feliz. São obviamente marcas fantásticas com muita história no automobilismo. Preferíamos tê-los no campeonato, é um fato. Mas os últimos dois meses foram interessantes. Claro que foi uma semana difícil no começo de dezembro, com os dois anúncios dos nossos amigos da Baviera.”
“Não vou esconder que foi decepcionante. Mas não digo que foi surpreendente ou chocante. Na Fórmula E, temos entre sete e oito fábricas internacionais, dependendo de como você faça a conta. É um número bem alto em relação ao número de equipes no campeonato. Podemos ter sucesso com menos que isso”, finalizou o dirigente.