Atual chefe da DTM (categoria de turismo com base na Alemanha), o ex-F1 Gerhard Berger comentou em entrevista ao site alemão Focus Online sobre a Mercedes ter migrado da categoria alemã para a Fórmula E, e afirmou que as montadoras estão usando o campeonato de monopostos elétricos como plataforma de marketing.
A e-mobilidade a cada dia está chamando a atenção das principais montadoras, e por conta disso, a Fórmula E tem ganhado a atenção dessas empresas, entre elas a Mercedes, que trocou a DTM justamente pela categoria de monopostos elétricos.
Em entrevista ao site alemão Focus Online, o ex-F1 e atualmente chefe da DTM, Gerhard Berger, comentou sobre a opção feita pela montadora alemã.
“É compreensível que os fabricantes de automóveis estejam migrando para a Fórmula E. A e-mobilidade é um grande tópico, e os fabricantes usam a Fórmula E como uma plataforma de marketing”, declarou o ex-piloto.
Para o austríaco, a Fórmula E ainda não é uma “competição”, por ser uma categoria nova e com carros “não tão rápidos”.
“Do ponto de vista puramente automobilístico, a Fórmula E não é uma competição, porque não tem tradição e os carros não são muito espetaculares. Em contrapartida, as montadoras gastaram muito do orçamento e atenção para a Fórmula E, e com isso, seus outros compromissos nas categorias de esporte a motor diminuíram ou nem mesmo foram possíveis”, explicou o atual chefe da DTM.
Ao lado da Porsche, a Mercedes fará a sua estreia com uma equipe própria na próxima temporada da Fórmula E, no lugar da HWA Racelab. A montadora alemã também tem uma parceria com a equipe Venturi, a qual conta com o brasileiro Felipe Massa e com a chefia de Susie Wolff, esposa de Toto Wolff, chefe da equipe alemã na F1.