O final da corrida 1 da Fórmula E em Valência ainda não foi digerido por algumas equipes, pilotos e fãs da categoria de carros elétricos, que se mostraram contrários a regra de redução de energia após a entrada do safety car.
Porém, o brasileiro Lucas di Grassi não vê problemas na regra, e acredita que o que potencializou o caos que tomou conta da corrida nas voltas finais em Valência, foi o número de entradas do safety car durante a etapa, realizada com pista molhada devido a chuva.
“A regra é super clara e simples. Quem pode escolher a redução ou não de energia é o Diretor de Prova, e terminamos a corrida com bastante energia, com 30 a 35% de bateria. A grande questão é que nunca tivemos tanta entrada de safety car em uma corrida só, como foi em Valência”, comentou o piloto brasileiro sobre a redução que nas duas voltas finais, deixou a maioria dos carros com apenas 4% de energia e gerou uma verdadeira “luta pela sobrevivência” no eprix.
Por fim, Di Grassi deixa claro que a regra foi usada da forma correta, mas que devido rigidez da aplicação, acaba gerando outras interpretações e a revolta de algumas partes.
“Paciência: a regra está lá para ser usada, e foi usada da forma correta. Ou até se pode interpretar que foi usada de forma agressiva já que muitas equipes ficaram sem energia na volta final.”
Após todo este caos por conta da redução, a Fórmula E garantiu que manterá a regra, porém incluiu um período de tempo para que ela seja aplicada durante as corridas a partir do eprix do próximo fim de semana em Mônaco: a redução só pode acontecer nos primeiros 40 dos 45 minutos de corrida. Não pode mais acontecer nos cinco minutos finais, como ocorreu em Valência.