Nesta sexta-feira foi realizado um shakedown para todos os competidores antes da primeira corrida da história da Extreme E, a ser disputada neste final de semana na Arábia Saudita, marcando o início deste novo campeonato de carros elétricos off-road.
O circuito de oito quilômetros projetado no deserto de Al-Ula já foi percorrido pelos pilotos e equipes com seus respectivos ODYSSEY 21 para coletar informações para a atividade de sábado e domingo.
Os competidores e competidoras – cada equipe da Extreme E tem uma dupla de pilotos composta por uma mulher e um homem – puderam sentir em primeira mão os desafios que o circuito apresenta e, ao mesmo tempo, continuar sua adaptação à máquina que dirigem.
“A verdade é que é muito diferente porque este ano competi em veículos leves, um buggy pequeno, e este é um buggy grande, 4×4. A questão do motor ser elétrico é bem diferente, se nota muito a diferença comparado com o carro à gasolina”, comentou nesta sexta a espanhola Cristina Gutiérrez, experiente corredora do Dakar e piloto da equipe X44 de Lewis Hamilton na Extreme E, ao lado de Sébastien Loeb.
“A aceleração é muito maior, não ouvir nada faz você mudar muito a maneira de dirigir. Eu não sabia, porque muitas vezes você não sabe que dirige com o ouvido, e agora estou percebendo que sim, que você usa muito o ouvido. A frenagem também é diferente, então você tem que ir se adaptando”, acrescentou.
Sua compatriota Laia Sanz, por sua vez, também chega com muita experiência no Rally Dakar, mas no seu caso, com as motos, e começa a sua transição para as quatro rodas na Extreme E.
“O terreno é um pouco familiar. Aqui no Dakar é o que víamos todos os dias, mas sim, é realmente uma grande mudança. São quatro rodas, é um mundo totalmente novo para mim, vai haver contato, também. Ao ser um carro elétrico, tudo é cheio de novidades”, disse.
Sanz divide a equipe Acciona Sainz XE Team com Carlos Sainz, um dos pilotos mais bem-sucedidos do Rally Mundial e do Dakar.
“É uma honra que ele tenha confiado em mim para estar com ele na equipe. Mas é verdade que isso também gera muita pressão, porque todos nós sabemos o quão competitivo ele é”, disse a espanhola antes de acrescentar que “felizmente, ele (Sainz) conhece muito bem esse mundo, sabe que é necessário tempo para aprender, e é o que necessito agora: um pouco de tempo”.
À diferença de Laia Sanz, outra das mulheres que vai competir na Extreme E é a norte-americana Sara Price, que faz parte da Chip Ganassi Racing e tem muitos anos de experiência na direção de veículos off-road.
“É a primeira vez para todos porque a série é nova, esses pilotos nunca competiram entre si antes e nunca tiveram muitas das coisas que esta série tem, como a igualdade de gênero. Há uma mulher e um homem em cada equipe e vai ser emocionante”, comentou.
Por fim, Christine Giampaoli Zonca – ou Christine GZ, como ela se apresenta – nasceu na Índia e viveu na Itália, mas depois se mudou para a Espanha e compete por esse país, completando assim o trio de pilotos espanholas na Extreme E, representando a equipe Hispano Suiza Xite Energy.
“É incrível poder estar aqui, parece um sonho que se tornou realidade”, comentou. “Agora que já vi o circuito, pensei: ‘Deveria ter treinado dunas’. É a primeira vez que faço isso, então vai ser um pouco desafiador, mas estou com muita vontade de começar”.
“Com todos os nomes que estão aqui, vou tentar colocar meu capacete, não olhar em volta e fazer meu trabalho.”
A atividade principal da Extreme E em Al-Ula acontecerá no sábado e no domingo, com a disputa da qualificação, das semifinais e da final, onde será coroada a primeira dupla vencedora da história da série.
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