Alejandro Agag saiu em defesa da Extreme E e a visita da categoria a países mais ricos. O idealizador e fundador do certame explicou que o campeonato não visa ajudar os locais das provas, mas mostrar o que está acontecendo com o mundo.
A categoria de SUVs elétricas nasceu na temporada 2021. Irmã da Fórmula E, tem como objetivo correr em locais altamente afetados pelas mudanças climáticas para trazer uma luz sob os problemas que o planeta está passando.
Acontece que no primeiro ano de sua história, já marcou presença em países como a Arábia Saudita, bastante rica por conta do mercado do petróleo, Itália, com o xPrix na Sardenha, e encerra o ano na Inglaterra.
As duas últimas disputas, entretanto, foram adicionadas ao calendário como substituição das provas originais. Tanto a passagem pela floresta amazônica no Brasil quanto pela Argentina tiveram de ser canceladas devido a pandemia do novo coronavírus.
“Nosso objetivo não é realmente ajudar onde vamos, é explicar o que está acontecendo. A verdade é que éramos para estar na floresta neste momento [Amazônia] e não estamos – o motivo, claro, é a pandemia”, começou a explicar ao site Autosport.
“Mas, ao mesmo tempo, encontrei enormes efeitos das mudanças climáticas perto de casa. E essa não era nossa ideia inicial, nosso conceito era de ir extremamente longe. A todo lugar que for pode encontrar alguma coisa, alguma história para contar e essa é nossa missão”, continuou o dirigente.
“Não é realmente ajudar, não somos uma organização humanitária. Todos podem ajudar no privado, mas somos um campeonato que usa o automobilismo para furar a bolha e trazer uma ação ao meio ambiente, uma mensagem para um público maior”, encerrou.