Taylor e Kristoffersson miram no campeonato da temporada 2021 da Extreme E

Nos dias 18 e 19 de dezembro a Extreme E realizará o Jurassic X Prix, a final da sua temporada 2021, em Dorset, no Reino Unido. Será a quinta rodada de seu primeiro campeonato, que tem tudo para ser emocionante.

Molly Taylor, da Austrália, e Johan Kristoffersson, da Suécia, lideram o campeonato como pilotos da Rosberg X Racing com 129 pontos, seguidos por Cristina Gutiérrez e Sébastien Loeb, da X44, e Catie Munnings e Timmy Hansen da Andretti United, com 113 e 99 unidades respectivamente.

“Na Extreme E você nunca sabe o que esperar. A natureza do campeonato é que cada evento, cada lugar, seja algo novo. Chegamos aqui como líderes do campeonato e com o objetivo de tentar vencer a competição. Mas, no final das contas, tendo dito isso, temos que nos preparar como sempre”, comentou Kristoffersson nesta quarta durante os preparativos para o evento.

“Já temos a experiência de quatro rodadas, então temos mais informações para revisar e tentar aprender com isso, levar isso em consideração como experiência para a última rodada. Mas no fim das contas temos que fazer o trabalho e tentar dar o nosso melhor”, acrescentou.

Taylor, por sua vez, explicou como eles lidam com as expectativas para este fim de semana tão importante: “Encaramos esta corrida como todas as outras, é dar um passo de cada vez, fazer o melhor trabalho possível na pista, manter o foco em cada sessão quando saímos e dar o nosso melhor”.

Tanto Taylor quanto Kristoffersson têm a vantagem de poder aproveitar a experiência de Nico Rosberg, dono da equipe e campeão mundial de Fórmula 1 em 2016.

“Nico quer que pilotemos da melhor forma que pudermos e quer ganhar o campeonato, foi por isso que ele entrou no campeonato. Mas, ao mesmo tempo, ele tenta nos passar o máximo de experiência e informação possível e nos dar confiança quando entramos no carro. É basicamente isso”, disse Kristoffersson.

“Conversando com Nico e com a equipe, nossa estratégia é a mesma de todas as outras semanas de corrida. É sobre dar o melhor e fazer um bom trabalho, colocar um pé na frente do outro e não pensar muito, só temos que nos concentrar em cada sessão à medida que ela for acontecer”, ressaltou Taylor.

Além de realizar competições acirradas a cada rodada, a Extreme E é uma série que busca chamar a atenção para as mudanças climáticas e para os efeitos da ação humana sobre o planeta. Questionados sobre o que mais os impactou nesta temporada, tanto Taylor quanto Kristoffersson destacaram a experiência vivida na Groenlândia.

“Acho que o que mais me surpreendeu foi quando estávamos na Groenlândia para ver a quantidade de gelo que está derretendo a cada segundo e quanta água está descendo, esse foi o maior impacto para mim em termos de meio ambiente” disse o sueco, fazendo referência ao Arctic X Prix disputado no mês de agosto em Kangerlussuaq.

Taylor concorda: “Para mim, ir à Groenlândia e ver o aumento do volume da água das geleiras, que está derretendo, abriu meus olhos. Ver isso na vida real foi muito chocante, foi o que mais me impactou”.